8 de jan. de 2008

REFÉM DE MIM


o que sobrou
foi o medo
que restou
foi a volta
sem partida
uma angústia
no peito
uma dor
um lamento
logo eu
que vivi demais
que amei demais
que agora vivo assim
refém de mim
preso pelo passado
cruel
castigado
foi o que sobrou
da vida que vive
do sonho que tentei sonhar
o que sobrou
foram as paredes
do quarto
canetas sem tinta
e agora no silêncio
que grita
sou refém de mim

Um comentário:

  1. Muito boa!
    Dor e nostalgia, mesclado com arrependimento e o não se perdoar a si mesmo...
    Boa!

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