9 de jan. de 2008

TODAS AS NOITES


todas as noites
antes de morrer
um pouco mais
olho para o céu
para as ruas
respiro aliviado
por ter sobrevivido
por horas
todas as noites
antes de morrer
em minha cama
agarrado por medo
nos travesseiros
abro as janelas
e deixo o vento
entrar
e renovar o meu ar
para que me sinta
ainda vivo ao respirar
todas as noites
quando o silêncio
invade
faço uma prece
depois fecho a janela
deito
e morro para que eu
posso te reencontrar
em meus sonhos
e renascer feliz
ao amanhecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário