25 de abr. de 2011

AOS POUCOS

aos poucos
seu rosto
se apagará
de minha memória
não restará
nada
da mulher
que um dia
eu quis
que um dia
amei
aos poucos
todas as palavras
deixarão
de ecoar
no vazio
que há entre nós
nunca existiu
nós
aos poucos
tudo
irá
se apagando
não regarei
mais minhas memórias
não me alimentarei mais
deste vácuo
deste vazio
deste eco
sem volta

FECHADO

ficarei
fechado
em meu silêncio
em meu espelho
em meus retratos
não saberás
mais
de mim
nem dos meus ventos
não terás
mais
nenhuma
palavra
minha
ficarei
trancado
no meu silêncio
sem voz
sem som
sem luz
não haverá
mais
dor
nada mais
que possa
constranger
tua alma
navegarei
sozinho
neste meu rio
de águas
secas

TODAS AS DORES

todas
as dores

doeram
em mim
meu corpo
já não sente
mais nada
meu coração
já não dói
nem sofre
mais
todas
as dores

arderam
em minha
alma
em minha
pele
já não sinto
mais
o chão
sob meus pés
todas
as dores
já me castigaram
de todas as
formas
não temo
mais a morte
nenhuma dor
todas
já doeram
em mim

POR UM MOMENTO

eu
só queria
teu beijo
queria
teu abraço
sentir
o calor
do teu corpo
o gosto
doce
da tua pele
eu só
queria
poder
ficar
do teu lado
na mesma
vida
no mesmo
tempo
e depois
acordar
e seguir em frente
eu só
queria
ter você
por um momento

AGORA SOU EU

agora
sou eu
que não
quero mais
saber
de você
nem por onde
andas
nem como
vai tua vida
vou viver
a minha
como sempre
vive
diferente
agora
sem você
agora
sou eu
que não quero
mais
pensar
vou deixar
que toda
sua memória
vire pó
cansei
desta história
de um só
não quero mais
na minha vida
agora sou eu
cansei de você

TEMPO PERDIDO

e eu
que achei
que um dia
escreveria
em qualquer
lugar
um pouco
de nós
e eu
que cheguei
a sonhar
um pouco
a cada dia
fragmentos
de uma história
que jamais
se desenharia
e eu
que cheguei
a brincar
de vida
e a amar
como sonho
dantesco
um amor
que não se ama
tudo
foi ilusão
tudo
foi apenas
tempo perdido

MELHOR MORRER CALADO

se eu
não posso
dizer
que amo você
é melhor
morrer
calado
de que me
vale viver
se nem
sonhar
me basta
e o que
me resta
desta dor
é deixar
que esta
dor
me corroa
por dentro
até que não reste
mais
de mim
se não posso
dizer
eu amo você
de que valeu
tudo isto
todas as atitudes
todas as loucuras
todo este tempo
melhor
não dizer mais
nada
e morrer calado

13 de abr. de 2011

“Essa dor me apanha”

Essa
Dor
Me apanha
Quando
Penso
Que esqueci
E me acompanha
No dia
A dia
Como
Pedra
Não sapato
Como dente
Cariado
Como rascunho
Que não se lê
E não se rasga
Essa dor
Me apanha
Quando
Penso
Que ela não
Se lembra
Mais de mim
Simplesmente
Bate
A porta
Simplesmente me sorri
E volta a judiar de mim

“É preciso amar”

É preciso
Amar
Além
De tudo
Amor
Limpo
Macio
Amor
Sem vício
Sem posse
Sem instinto
Amor
Que alimenta
É preciso
Amar
Acima
De tudo
E renunciar
Ao bem maior
Ao bem querer
Pra querer cada
Vez mais
O amor
Que se tem
É preciso amar
Só amar
O amor basta
O amor supri
O Amor ama o próprio amor

“É por você que vivo”

É por
Você
Que vivo
E nada
Teria
Graça
Nem a mesma
Cor
Nem eu
Teria
Garra
Gana
De seguir
Vivendo
É por
Você
Que me alegro
E me inspiro
E vivo
É por você
Por ninguém
Mais
Nem por mim
Nem por meus pais
É por você
Que me deu
De novo
A vontade perdida
Por você

“Do Nada Ao Tudo”

Fui
Do escuro
Para a claridade
Fui
Da ilusão
Para um
Porto
Seguro
Ganhei rumo
Já tenho
Norte
Do nada
Ao tudo
Do suicídio
A vida
Da lágrima
Ao sorriso
Por causa
De você

Por causa
De você
Fui
Do deserto
De mim
Ao teu Oasis
Da renuncia
Ao milagre
Só por causa do teu amor

“Dizer Que Te Amo (É Muito Pouco)”

Não vou
Mais dizer que
Te amo
É muito Pouco
Diante
Do que sinto
E te tudo
O que vivemos
E da vida
Que ainda
Nos resta
Não vou
Mais
Dizer te amo
É muito
Pouco
Não inventaram
Nada melhor
Ou
Ainda Amam
Aquele velho amor
De sempre
Vou Apenas te olhar
Sem dizer
Nada
E se chorar
Por favor, entenda
Te amo demais
É pouco

“Deixar as coisas tristes para depois”

Ontem
Não me interessa
Mais
Para que
Vou ficar
Sofrendo
Pelo que passou
Quero
Deixar as coisas
Tristes
Para trás
Quero
Ver o sol
Do meu hoje
No meu céu
De hoje
Ontem
Já passou
Amanhã
Nem raio
Ainda é presságio
Quero meu hoje
Viver minha
Vida
Deixar as coisas
Tristes
No meu passado
No meu ontem
Ontem já era

“Dance enquanto é tempo”

Dance
Enquanto
é tempo
A vida
Passa
Rápida
Demais
O sol
Já não
É para todos
Mais
Fácil
O temporal
Dance
Enquanto
É tempo
Enquanto
Houve
A música tocar
Logo
Logo
Não há mais
Espaço
Mais melodia
Logo
Logo
O som acaba
A voz cala
Os olhos se fecham

“Como uma onda”

Vou
Ficar
Batendo
Em seu coração
Como
Uma onda
Inacansável
Bate
Nas pedras
De um mesmo
Mar
Pode ser
Que não dê
Em nada
Pode
Ser que a pedra
Arrebente
Pode ser
Que seu coração
Enfim
Ceda
Vou ficar
Como uma onda
Batendo
Até o mar
Secar
Até
Seu coração
Abrir

“Coisa mais bonita”

És
A coisa
Mais bonita
A pequena
Preciosa
Que devolveu
O brilho
Nos olhos
E a louca
Vontade
De gritar
Ao mundo
A doce felicidade
Da vida
És
A coisa
Mais bonita
O melhor
Presente
Que Deus
Me deu
Logo a mim
Tão fraco
Diante as provações
Tão incrédulo
Diante
A vida
És
A coisa mais bonita

“Chegou a hora”

Vamos
Embora
Chegou
A hora
De deixar
Tudo como está
Não adianta
Chorar
Rir
Se descabelar
Vamos
Embora
Deixe
A televisão
Ligada
Coloque a geladeira
Para descongelar
Chegou a hora
Tem que ser
Agora
A felicidade bate
A porta
Tem pressa
E vai embora
Antes mesmo
Da porta abrir
Vem é agora
Chegou a hora
Não dá para esperar

7 de abr. de 2011

“Casinha de sapé”

Eu queria
Morar
No meio
Do mato
Numa casinha
De sapé
Ia andar descalço
Nadar
Pelado
No rio
Ia pescar
Dormir
Na rede
Viver
Do amor
Que transborda
Em nós
Eu queria
Me embrenhar
Na mata
Ficar
Ouvido
Os pássaros
E tomar
Banho
De chuva
E fazer
Amor
Sem ter hora pra acabar

“Carinhos”

Meu carinhos
São teus
Mas doou
De vez
Em quando
A quem
Precisa
A quem
Me pede
Não posso
Negar
Algo
Que é teu
E sobra
Em mim
Não posso
Deixar
De lado
Corações
Aflitos
Meus carinhos
São teus
Apenas divido
Um pouco
Com quem me
Pede
Não me negues
Esse favor
Empresta-me o que é teu

“Brilho”

Cadê
O brilho
Dos teus olhos
Cadê
O sorriso
Dos teus lábios
E o amor
Que sempre
Havia
Em tuas
Juras
Cadê
O animo
Quando
Nasce
A manhã
Não te quero
Ver
Entediada
Como se viver
Fosse sacrifício
Como
Se não
Houvesse
Mais motivos
Quero de volta
O brilho dos olhos
O sorriso
A vida e nosso amor de sempre

“Bons momentos”

Bons
Momentos
A vida
Me deu
E eu
Vi
Tudo
Com a alegria
De um garoto
Que vê o mar
Pela primeira
Vez
Bons momentos
O amor
Me deu
E eu amei
Como quem ama
Eternamente
A primeira
Vez
Bons momentos
Vivi
Amando
Você
E não quero ama
Ninguém mais
Só quero
Ainda mais
Eternos bons momentos

“Bom senso”

Faz tempo
Que deixei
De lado
Bom senso
Deixei
De lados
As marcas
E as etiquetas
Deixei
De lados
Hábitos
E costumes
Faz tempo
Que deixei
As leis
Guardadas
Na gaveta
E a estante
Cheia
De poeira
Faz tempo
Que não me olho
Mais no
Espelho
Não faço
A barba
Nem penteio
O cabelo
Nem sei mais o que é bom senso

“Bem vinda”

Eis
Que lhe
Apresento
Minha vida
Meu mundo
E meu amor
Eis
Que lhe
Abro
Os braços
As janelas
E meu coração
Eis
Que dou
Tudo de mim
Minhas flores
E os versos
Que ainda
Não escrevi
Eis
Minha vida
De sonhos
Tão loucos
Como os teus
Sede bem vinda
A mim
Sede bem vinda
Aos nossos sonhos
Iguais

“Bem querer”

És
Meu bem querer
Para sempre
Meu
Bem
Precioso
Minha jóia
Mais rara
És
A luz
Na noite
Escura
O sol
Que ilumina
E aquece
És
Meu bem querer
Minha razão
O tudo
Que me faz seguir
A vida
Que quero ter
Tu és
A música
A poesia
És melodia
Rima
Meu bem querer
Maior que tudo

“Até que enfim encontrei você”

Pensei
Que nunca
Mais fosse
Ver você
Até pensei
Que tivesse
Evaporado
Junto
A fumaça
Do seu cigarro
Esqueci
De procurar
Pelos bares
Boêmios
Da vida
Na noite
De tantas noites
Imundas
Até que enfim
Encontrei
Você
Bebendo
Para esquecer
O que não se esquece
Pensei
Que nunca mais
Fosse olhar
Seus olhos
Ainda cheios da mesma vida

“Até parece que foi sonho”

Até
Parece que foi
Sonho
Quando
Começamos
A viver
Junto
A mesma vida
E a compartilhar
Os sonhos
Com o mesmo
Amor
Até
Parece que foi
Ontem
Que começamos
A percorrer
Nossa
Estrada
E agora tão
Perto
Do portão
Da felicidade
Esse medo
Até parece
Que foi
Sonho
Ter encontrado você
Que mudou de vez minha vida

“Ar puro”

Preciso
De ar
Preciso
De vida
De poesia
Aqui
Não tem nada
Tem fumaça
Não tem luz
Falta vida
Preciso
De ar
Ar puro
Vento
Brisa
Calor do sol
Preciso
Me sentir
Acariciado
Pelo dia
Preciso
De vida
De ar puro
Ar para respirar
Preciso sair
Daqui
Fugir
Preciso de poesia
Preciso de mais vida

5 de abr. de 2011

“Aquele abraço”

Foi
Aquele abraço
Que me prendeu
Que me iludiu
Que me fez mal
Fez-me
Querer
O que eu já queria
Estava
Vulnerável
Aberto
Entregue
Ao destino
Que eu
Já conhecia
Foi
Aquele abraço
Maldito
Que me fez
Voar
De asas
Quebradas
Fez-me
Perder
O pouco
Que eu tinha
Foi
Aquele abraço
Que deixou ferida

“Apesar dos poucos anos”

Eu sempre
Soube
Que seria
Você
Que envelheceria
Comigo
Apesar
Dos poucos
Anos
Eu sempre
Soube
Sempre
Vi seu
Amor
Na minha vida
Eu sabia
Dessa nossa
Estrada
Eu sempre
Soube
Apesar
Dos poucos
Anos
Que o amor
De verdade
É pra vida
Toda
Eu sempre
Soube que era você

“Amigo verdadeiro”

Amigo
Verdadeiro

Tive um
Eu
Sempre
Fui cúmplice
De mim
Sempre
Soube
Tudo a meu respeito
Nunca
Me trai
Nunca me entreguei
Meu amigo
Verdadeiro
Sou eu
Não uso
Nada de mim
Contra mim
Me aceito
E sempre
Me acho
Quando mais
Preciso
Não me cobro
Me respeito
Me tolero
Meu eu amigo verdadeiro

“Amiga”

És minha
Amiga
Me entendes
E não me cobras
Me surpreende
Sempre
Com o sorriso
De sempre
Me suporta
Mesmo
Quando há em
Mim
Revolta
És minha
Amiga
De todas
A predileta
Sabes
De mim
Bem mais
Que eu
E me amas
Sem querer
Nada em troca
É leal
É amor
És amiga
Agora
Até o fim da vida

“Além do horizonte”

Foi ali
Além
Do horizonte
Que escondi
Você de mim
E meus sonhos
Foi
Ali
Um pouco mais
Além de tudo
Que me perdi
Vivendo
Querendo
Viver
Sua vida
Foi
Ali
Além
Do horizonte
Que ti
Vi
Linda
E nunca mais
Te esqueci
Ainda que me custe
Esquecer
Que foi ali
Além do horizonte
Que virou miragem

“A primavera”

A primavera
É teu
Riso
Em mim
É teu abraço
É teu perfume
A primavera
É teu
Jardim de encantos
Tuas pétalas
De uma
Macia
É teus lábios
Carnudos
A primavera
É teu abraço
Apertado
Nas noites
Que me perco
Sonhando
Você
A primavera
É acordar
E te ver
Todos os dias
Viva
Sorrindo e dizendo pra mim
No pé do ouvido
“te amo”

“A fim de voltar”

Estou
A fim
De voltar
A viver
Os meus sonhos
Nunca morreram
Em mim
Ainda
Vivem aprisionados
Em meus
Calabouços
Estou
A fim
De voltar
A andar
Pela noite
A esmo
Procurando
Um pouco
De nada
Sentindo
A noite nua
Abraçada
E mim
Estou a fim
De voltar
Para o começo
De tudo
Pra te encontrar de novo

“A bela e a fera”

Não
Sei se és mais
Bela
Ou se és
Mais fera
As duas
Talvez
Misturadas
Numa só
Tão
Bela
Quanto fera
Tão
Intensa
Quanto
Doce
Tão minha
Que nunca
Pude tê-la
Inteira
Minha vida
A bela
E a fera
Numa só alma
Incandescente
Fluorescente
Duas
Em uma só
Mulher

“Voz da razão”

Pra te esquecer
Tive
Que me esquecer
Era
Me olhar
No espelho
E te
Ver refletida
Precisei
Ouvir
A voz
Da razão
Que gritava
Enlouquecida
Para que eu vivesse
Minha vida
E te esquecesse
E parasse
De sofrer
Por esse amor
Sem sentido
Pra te esquecer
Pedi
A Deus
E Deus
Calou tua voz
Para sempre
A voz da razão
A voz rouca de Deus

“Vou te levar”

Vou
Te levar
Nas cicatrizes
Do meu
Coração
Cicatrizes
Ficam
Amor não
Tudo
Passa
O que se viveu
O que se quis
Viver
Fica
A dor
O coração
Marcado
O sentimento
Perdido
As feridas
Vou
Te levar
Até
Que meu sangue seque
Até que meu corpo
Vire cinzas
E as cicatrizes
Sumam
De mim

“Você morreu pra mim”

Eu só
Não
Enterrei
Mas você
Morreu
Pra mim
Quando
Não disse nada
Quando
Se calou
Quando
Podia gritar
Quando
Fechou
A porta
E me deixou
Do lado
De fora
Eu não enterrei
Deixei
Seu eu
Jogado para fora
De mim
Sou eu que não
Quero mais
Você
Morreu pra mim
Quanto
Tempo eu não sei

“Você e a noite escura”

Você
É a luz
E a noite
Escura
Você
É a brisa
Que refresca
E o sol
Que me faz
Suar
Você
E a metade
De mim
E a outra
Metade também
Você
É minha
Paz
E minha guerra
Meu erro
E meu acerto
Você
É o dia
E a noite escura
Madrugada
Sem lua
Vida
Sem roteiro certo
Amor, pecado

“Viver ou não”

Viver
Como posso
Eu não querer
Viver
A vida
É aventura
Sem vive
Sem saber
Se amanhã
Viver-se-á
Tudo de novo
Viver
Como posso
Eu
Não querer
Viver
Ainda mais
E sempre
A vida
É para os
Loucos
Para os apaixonados
Viver
Ou não
Tudo
O que a vida coloca
Aos seus pés
E deixar no amanhã
A vida de hoje

“Vida louca”

Sempre
Fui assim
Vivia
Sem querer
Saber
Falava
Sem pensar
Em nada
Fazia
O que me desse
Na telha
E quantas
Vezes
Cai do telhado
Dessa minha
Vida louca
Quantas
Vezes tropecei
Nas minhas
Próprias
Pernas
Quantas vezes
Riam
Da minha desgraça
Eu
E minha vida louca
Até hoje
Melhor
Aprimorado

“Vida bandida”


Hoje
Eu era
Para estar
Por ai
Mendigo
Andarilho
Entre as putas
E os drogados
Numa vida
Louca
Vida bandida
Hoje
Sem você
Eu
Pra ser
Um qualquer
Um poeta
Sem poesia
Era para
Ser
Um indigente
Abandonado
A sorte
De uma vida
Sem sorte
Hoje
Por você
Sigo reto
Vivendo feliz

“Vamos para o espaço”

Vamos fugir
Sair
Daqui
Vamos para o
Espaço
Viver
Nossa
Vida
Como bem
Entendermos
Vamos
Para marte
Para plutão
Vamos
Pra qualquer
Lugar
Longe
Dessas línguas
Afiadas
E desses
Olhos
Enganadores
Vamos
Para o espaço
Sentar
E olhar a lua
E viver
A vida
Do nosso jeito

1 de abr. de 2011

“Mundo paralelo”

Não vivo
Aqui
Estou
De passagem
Meu mundo
É outro
Esse
É meu mundo
Paralelo
Onde
Me fantasio
Para sobreviver
Onde
Tenho
Que correr
Para sobreviver
Não sou
Daqui
Sou de mim
Do mundo
De mim
Meu mundo
Paralelo
Onde tiro
Minha máscara
Onde me liberto
E sinto
Todas as dores
E todos os amores

“Uma dose a mais”

Eu quero
Mais
Uma dose
A mais
Do mel
Das tuas coxas
Eu quero
Mais
Uma dose
A mais
Da saliva
Que escorre
Da tua
Boca
E me perder
No teu colo
E ficar
Quieto
No teu ventre
Eu quero
Mais
Uma dose a mais
Para me embriagar
No teu sorriso
E depois
De acordar
Me sentir
No teu paraíso
Eu quero mais

“Uma delicada forma de calor”

Teu beijo
Uma forma
Delicada de calor
De me aquecer
Quando
Tenho frio
De acender
A chama
De te querer
Teu
Beijo
Uma delicada
Forma de calor
Chama
Que não se vê
Fagulha
Que incendeia
Teu beijo
Doce beijo
Na boca
Que geme
Uma forma
Delicada
De queimar
Meus instintos
Teu beijo
Uma forma
Pura
Do amor que sentes

“Tranqüilo”

Perto
De ontem
Hoje
Estou
Morto
Estou tranqüilo
Ando
Devagar
Sem pressa
Quero
Ver
Tudo
O que não vi
Quero
Viver
Tudo
O que já vivi
Perto
Do que fui
Dinamite
Sou apenas
Mais
Um
Sereno
Tranqüilo
Vivendo
Perto de ontem
Morto
Tranqüilo em paz

“Toda nossa vontade”

Toda
Nossa vontade
É que nos
Faz
Seguir
Em frente
Não muros
Nem murros
Que nos façam
Param
Seguimos
Sem olhar
Para trás
Não brigamos
E também
Não calamos
Vamos
Trilhando
Nosso
Caminho
Toda
Nossa vontade
De querer
Sempre
A nossa paz
Nos fortes
Indomáveis
Nos faz amar
Ainda mais

“Tão perto tão longe”

Tão perto
Tão longe
Parece
Que te sinto
Parece
Que me somes
Te acho
Te sinto
Partir
Feito
Vento
Sem dono
Feito
Barco
Sem porto
Tão longe
Tão perto
Fazendo
Meu coração
Gemer
Quieto
Fazendo-me
Ainda
Mais
Te sofrer
Tão perto
Tão longe
Dos olhos
Das mãos

“Tão menina”

Tão menina
Minha menina
Não
Sabe
Crescer
Ou fique
Que não sabe
Parece
Que tem medo
De virar
Mulher
Mesmo
Carregando
Nos braços
A filha
Que é tua
Tão menina
Minha menina
E eu
Não consigo mais
Carregá-la
Nem protegê-la
De todo mau
Então rezo
Peço
Pra que Deus
Olhe por ela
Tão menina
Minha menina