25 de nov. de 2016
DESTINO
não sei
se
esta estrada
me levara
ao meu destino
também
não sei
ao certo
se meu destino
e o destino que escolhi
já sonhei
sonhos
que não eram meus
amores
que não meus
e vida
que não era minha
não
sei
se esta estrada
é a que me levara
ao fim de mim
sei
para onde quero ir
não sei
apenas
se este o destino
que de verdade
escolhi pra mim
se
esta estrada
me levara
ao meu destino
também
não sei
ao certo
se meu destino
e o destino que escolhi
já sonhei
sonhos
que não eram meus
amores
que não meus
e vida
que não era minha
não
sei
se esta estrada
é a que me levara
ao fim de mim
sei
para onde quero ir
não sei
apenas
se este o destino
que de verdade
escolhi pra mim
ATÉ HOJE
até
hoje
não sei
se fui que escolhi
a poesia
ou se foi
a poesia
que me escolheu
sei
que agora
fundidos
somos
um
partes
de um todo
entre palavras
mal escritas
entre
verbos
e adjetivos
entre amores
sonhados
e paixões
exacerbadas
até hoje
não sei
quem escolheu quem
e agora
seguimos
rumo ao fim
de todos
na mesma lápide
estaremos
poeta
e poesia
fundidos
neste amor
que fez de nós
uma só vida
hoje
não sei
se fui que escolhi
a poesia
ou se foi
a poesia
que me escolheu
sei
que agora
fundidos
somos
um
partes
de um todo
entre palavras
mal escritas
entre
verbos
e adjetivos
entre amores
sonhados
e paixões
exacerbadas
até hoje
não sei
quem escolheu quem
e agora
seguimos
rumo ao fim
de todos
na mesma lápide
estaremos
poeta
e poesia
fundidos
neste amor
que fez de nós
uma só vida
VOCÊ
de
todas
você
é melhor amante
sabe
satisfazer
meus desejos
só
você
me acalma
me sacia
me deixa ser
quem sou
não
me culpa
não me deixa
me abriga
me acolhe
me consome
de todas
você
é a melhor amante
poesia
dos meus dias
cinzas
é você
sem saber
que me faz
querer
seguir
por este caminho
de pedras
poesia
só você
todas
você
é melhor amante
sabe
satisfazer
meus desejos
só
você
me acalma
me sacia
me deixa ser
quem sou
não
me culpa
não me deixa
me abriga
me acolhe
me consome
de todas
você
é a melhor amante
poesia
dos meus dias
cinzas
é você
sem saber
que me faz
querer
seguir
por este caminho
de pedras
poesia
só você
DIAS
tem
dias
tantos
dias
que qualquer roupa
me serve
não quero
fazer nada
deixo
a barba por fazer
não me olho
às vezes
estou cansado
de mim
cansado
de me olhar
tem
dias
tantos
dias
que só a rua
me satisfaz
andar
por ai
à toa
sentindo
a podridão
dos pensamentos
além dos meus
tem
dias
tantos
dias
que quero ficar
e qualquer
nada me alimenta
dias
tantos
dias
que qualquer roupa
me serve
não quero
fazer nada
deixo
a barba por fazer
não me olho
às vezes
estou cansado
de mim
cansado
de me olhar
tem
dias
tantos
dias
que só a rua
me satisfaz
andar
por ai
à toa
sentindo
a podridão
dos pensamentos
além dos meus
tem
dias
tantos
dias
que quero ficar
e qualquer
nada me alimenta
FORA DO PRUMO
É preciso saber que rumo tomar.
Calcular os riscos, as consequências.
Deixar guardado o coração e as emoções dentro de uma caixa lacrada.
Coração tem uma enorme tendência a cometer enganos.
Eu vivi isso na pele...
Hoje pondero mais meus atos.
Já não são mais impensados...
Imprevisíveis...
Ainda assim, cometo alguns deslizes...
Não é fácil se desligar do emocional...
Focar no eu... Praticar do desapego...
Hoje eu sou assim.
Sem planos ou expectativas...
Ia... Apenas ia...
Hoje, é o que direciona...
Mas ela, apareceu assim, do nada...
Tem algo, que ainda não sei o que é...
talvez seja mais uma das minhas tantas invenções...
eu sempre vejo além...
sempre imagino um alguém que não existe... como saber?
alguns riscos são desnecessários...
eu já conhecia o fim, mas as pessoas não são iguais ou são?
Eu estava agarrado a minha zona de conforto... ela valeria o risco?
e se não fosse nada disso?
E se fosse mais uma alucinação e o meu desejo de inventar romances?
Houve reciprocidade ou só gestos educados...
eu queria descobrir...
não dá pra ficar na beira do abismo...
ou recuo ou mergulho...
Calcular os riscos, as consequências.
Deixar guardado o coração e as emoções dentro de uma caixa lacrada.
Coração tem uma enorme tendência a cometer enganos.
Eu vivi isso na pele...
Hoje pondero mais meus atos.
Já não são mais impensados...
Imprevisíveis...
Ainda assim, cometo alguns deslizes...
Não é fácil se desligar do emocional...
Focar no eu... Praticar do desapego...
Hoje eu sou assim.
Sem planos ou expectativas...
Ia... Apenas ia...
Hoje, é o que direciona...
Mas ela, apareceu assim, do nada...
Tem algo, que ainda não sei o que é...
talvez seja mais uma das minhas tantas invenções...
eu sempre vejo além...
sempre imagino um alguém que não existe... como saber?
alguns riscos são desnecessários...
eu já conhecia o fim, mas as pessoas não são iguais ou são?
Eu estava agarrado a minha zona de conforto... ela valeria o risco?
e se não fosse nada disso?
E se fosse mais uma alucinação e o meu desejo de inventar romances?
Houve reciprocidade ou só gestos educados...
eu queria descobrir...
não dá pra ficar na beira do abismo...
ou recuo ou mergulho...
ESSA MULHER
um sim e eu largaria tudo agora...
deixaria minha bagunça arrumada e iria ao seu encontro,
ainda que as minhas frustrações superassem as minhas expectativas...
ainda que nada fosse de verdade...
ainda que eu estivesse novamente dopado... e
mbriagado de pelo simples desejo de estar...
apenas estar, sentir que era real... se era verdade...
deveria haver um porque...
em tudo há um porque...
por que sentir, por que querer, de onde vem o desejo, o pensamento...
era minha alma gritando, querendo...
eu negava sentir e quanto mais negava mais sentia a vontade...
era pegar a chave do meu carro e sumir...
era ela dizer sim e todas as possibilidades iriam surgir...
eu queria que ela chamasse...
queria que ela pedisse todas as poesias que
haviam em mim...
encheria cadernos...
queria olhá-la... apenas...
saber que era era palpável...
saber que eu não inventei esse alguém...
essa mulher...
deixaria minha bagunça arrumada e iria ao seu encontro,
ainda que as minhas frustrações superassem as minhas expectativas...
ainda que nada fosse de verdade...
ainda que eu estivesse novamente dopado... e
mbriagado de pelo simples desejo de estar...
apenas estar, sentir que era real... se era verdade...
deveria haver um porque...
em tudo há um porque...
por que sentir, por que querer, de onde vem o desejo, o pensamento...
era minha alma gritando, querendo...
eu negava sentir e quanto mais negava mais sentia a vontade...
era pegar a chave do meu carro e sumir...
era ela dizer sim e todas as possibilidades iriam surgir...
eu queria que ela chamasse...
queria que ela pedisse todas as poesias que
haviam em mim...
encheria cadernos...
queria olhá-la... apenas...
saber que era era palpável...
saber que eu não inventei esse alguém...
essa mulher...
DESAMOR
esse desamor
me machuca
essa falta de humanidade
esse senso crítico falho
esse poder de julgar
sem conhecer
tenho asco
aversão
a este mundo
e me escondo
cada vez mais
essa brutalidade
violência
o culto inculto
falsa ilusão
soberba
arrogância
tenho asco
aversão
a este mundo
e me escondo
cada vez mais
falsidade
idolatria
hipocrisia
sempre fui o que sou
mas se puxar
o pino da granada
aguenta
me machuca
essa falta de humanidade
esse senso crítico falho
esse poder de julgar
sem conhecer
tenho asco
aversão
a este mundo
e me escondo
cada vez mais
essa brutalidade
violência
o culto inculto
falsa ilusão
soberba
arrogância
tenho asco
aversão
a este mundo
e me escondo
cada vez mais
falsidade
idolatria
hipocrisia
sempre fui o que sou
mas se puxar
o pino da granada
aguenta
DEPOIS
depois
de tudo
o que vi
e ouvi
a pouco
me questiono
quem é você
quem sou eu
quem somos
depois
de tudo
aquilo que perdi
sorrisos
abraços
prováveis amores
jamais amados
me pergunto
o que sobrou de você
de mim
do que fomos
depois
de tudo
das sementes
que deixamos de plantar
que flores irão
nascer
do que jamais seremos...
de tudo
o que vi
e ouvi
a pouco
me questiono
quem é você
quem sou eu
quem somos
depois
de tudo
aquilo que perdi
sorrisos
abraços
prováveis amores
jamais amados
me pergunto
o que sobrou de você
de mim
do que fomos
depois
de tudo
das sementes
que deixamos de plantar
que flores irão
nascer
do que jamais seremos...
NILVA KFM
tive
sensações
de que
já havia lhe dado
poesias
vasculhei
meus armários
gavetas
vida
e meu coração
talvez
porque te sinta
perto
talvez
por siga sempre
meus passos
perdidos
ficou
em mim
algumas sensações
de poesia
parece
que minhas palavras
já eram tuas
porque
creio
que fazemos parte
do mesmo mundo
do mesmo vento
sensações
de que
já havia lhe dado
poesias
vasculhei
meus armários
gavetas
vida
e meu coração
talvez
porque te sinta
perto
talvez
por siga sempre
meus passos
perdidos
ficou
em mim
algumas sensações
de poesia
parece
que minhas palavras
já eram tuas
porque
creio
que fazemos parte
do mesmo mundo
do mesmo vento
RENATA ADRIANA SILVA
por que
será
que algumas
coisas demoram
um tempo mais além
por que será
que algumas
coisas se perdem
mesmo antes
de começar
por que
o tempo
que nos engole
é o mesmo
tempo que nos cospe
depois
quando vem
depois
da longa angústia
da espera
finda
depois o gosto
ainda do querer mais
por que será
que tudo
é assim
pesado
e leve
doce e...
será
que algumas
coisas demoram
um tempo mais além
por que será
que algumas
coisas se perdem
mesmo antes
de começar
por que
o tempo
que nos engole
é o mesmo
tempo que nos cospe
depois
quando vem
depois
da longa angústia
da espera
finda
depois o gosto
ainda do querer mais
por que será
que tudo
é assim
pesado
e leve
doce e...
LEILA MARA RODRIGUES
deixo
que a poesia
te encontre
deixo-a
em papéis
em branco
para que
depois
tu possas decifrá-las
num noite qualquer
deixo
sussurros
entre todas as
palavras escondidas
para que
no silêncio
da noite
elas possam te acordar
nada
além de poesia
palavras
e sussurros
para
que os elos
invisíveis não se quebrem
que a poesia
te encontre
deixo-a
em papéis
em branco
para que
depois
tu possas decifrá-las
num noite qualquer
deixo
sussurros
entre todas as
palavras escondidas
para que
no silêncio
da noite
elas possam te acordar
nada
além de poesia
palavras
e sussurros
para
que os elos
invisíveis não se quebrem
CRISTINA DE SOUZA SPINELLI
todo mundo saiu e
esse silêncio
agora me devora
lá fora
começa
a chover
de novo
dizem
ser presságios
de coisas boas
não sei mais
no que crer
vivo
entre
vitórias e derrotas
esse
silêncio grita
profana minha paz
a poesia
me relaxa
me faz ver anjos
em meio ao meu caos
todo mundo se foi
só eu fiquei
com este agora
barulho do silêncio
e lá fora
chove
esse silêncio
agora me devora
lá fora
começa
a chover
de novo
dizem
ser presságios
de coisas boas
não sei mais
no que crer
vivo
entre
vitórias e derrotas
esse
silêncio grita
profana minha paz
a poesia
me relaxa
me faz ver anjos
em meio ao meu caos
todo mundo se foi
só eu fiquei
com este agora
barulho do silêncio
e lá fora
chove
LEEH ALMEIDA
vou
deixar
pra você
sementes
de poesia
plante-as
em seu jardim
ou em pequenos
vasos coloridos
regue-as
uma vez ao dia
cante
uma canção
ao pé do ouvido
declame
um pouco Drummond
um pouco de Saramgo
vou
deixar
pra você
meus papéis
em branco
você
irar ler
todos os dias
nestes papéis
tão cheios de uma cor
todas
as poesias
que existem agora
em seu coração
deixar
pra você
sementes
de poesia
plante-as
em seu jardim
ou em pequenos
vasos coloridos
regue-as
uma vez ao dia
cante
uma canção
ao pé do ouvido
declame
um pouco Drummond
um pouco de Saramgo
vou
deixar
pra você
meus papéis
em branco
você
irar ler
todos os dias
nestes papéis
tão cheios de uma cor
todas
as poesias
que existem agora
em seu coração
FLOR FLOR COIMBRA
deixei
lá no passado
tudo
aquilo
que não quero mais
lembrar
deixei
lá no passado
toda roupa
suja
que não quero
mais lavar
deixei
lá no passado
tantas velhas
fotografias
já não tinham mais
espaço em mim
deixei
da porta fora
tudo aquilo
que eu
não mais queria
os lençóis
e as fronhas
encardidas
deixei
lá no passado
as velhas cicatrizes
as velhas
cicatrizes...
lá no passado
tudo
aquilo
que não quero mais
lembrar
deixei
lá no passado
toda roupa
suja
que não quero
mais lavar
deixei
lá no passado
tantas velhas
fotografias
já não tinham mais
espaço em mim
deixei
da porta fora
tudo aquilo
que eu
não mais queria
os lençóis
e as fronhas
encardidas
deixei
lá no passado
as velhas cicatrizes
as velhas
cicatrizes...
IRISMAR LIMA
onde
foi
que me perdi
de mim
em que rua
deixei
meus pedaços
meus sapatos
minhas memórias
onde
foi
que deixei
minha mala
minha vida
minhas feridas
talvez
num ônibus lotado
num trem
numa charrete sem cavalos
onde
foi
que me perdi
de tudo
onde
estão os afagos
todos os afetos
talvez
num ônibus lotado
num trem
numa charrete sem cavalos
foi
que me perdi
de mim
em que rua
deixei
meus pedaços
meus sapatos
minhas memórias
onde
foi
que deixei
minha mala
minha vida
minhas feridas
talvez
num ônibus lotado
num trem
numa charrete sem cavalos
onde
foi
que me perdi
de tudo
onde
estão os afagos
todos os afetos
talvez
num ônibus lotado
num trem
numa charrete sem cavalos
20 de nov. de 2016
FABIANA GONÇALVEZ COELHO
há
uma palidez
no rosto
talvez
meu espelho
esteja
deformado
talvez
meus olhos
muito cansados
talvez
a luz
do meu banheiro
ou existe mesmo
uma palidez
em meu
rosto
talvez
seja a falta de sol
a falta de mim
há falta de qualquer outra cor
talvez
eu esteja me transformando
no cor
branca
de todos os papéis
que eu deixei de escrever
uma palidez
no rosto
talvez
meu espelho
esteja
deformado
talvez
meus olhos
muito cansados
talvez
a luz
do meu banheiro
ou existe mesmo
uma palidez
em meu
rosto
talvez
seja a falta de sol
a falta de mim
há falta de qualquer outra cor
talvez
eu esteja me transformando
no cor
branca
de todos os papéis
que eu deixei de escrever
CINTIA PIRES COLIN
hoje
brinquei
um pouco
de felicidade
deixei
algumas
preocupações
de lado
aliviei
meu fardo
e fiquei
livre
de instantes
de desagrado
hoje
brinquei
de ser feliz
tirei
os sapatos
corri na chuva
chutei poças de agua
fiz barquinhos de papel
duro
depois
de ser feliz
ter que voltar para
minha realidade
ainda
assim
gostei
da brincadeira
brinquei
um pouco
de felicidade
deixei
algumas
preocupações
de lado
aliviei
meu fardo
e fiquei
livre
de instantes
de desagrado
hoje
brinquei
de ser feliz
tirei
os sapatos
corri na chuva
chutei poças de agua
fiz barquinhos de papel
duro
depois
de ser feliz
ter que voltar para
minha realidade
ainda
assim
gostei
da brincadeira
DENILIA S CARNEIRO
seguimos
rumo
a um novo
lugar
onde
haja
mais tranquilidade
onde
se possa viver
sem medo
seguimos
em busca
de um novo sol
onde
haja
palmeiras
e o vento do mar
sopre constantemente
seguimos
sem placas
sem guias
cheio de coragem
por este caminho
tortuoso de pedras
seguimos
vivendo
a esperança
de dias melhores
rumo
a um novo
lugar
onde
haja
mais tranquilidade
onde
se possa viver
sem medo
seguimos
em busca
de um novo sol
onde
haja
palmeiras
e o vento do mar
sopre constantemente
seguimos
sem placas
sem guias
cheio de coragem
por este caminho
tortuoso de pedras
seguimos
vivendo
a esperança
de dias melhores
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