aplausos
somente
quando
eu morrer
tirem de mim
as luzes
e os neon
não quero
aplausos
amem o poeta
matem o homem
quero aplausos
apenas
na hora da minha
morte
se houver
nessa hora
alguém comigo
aplausos para as poesias
e para os poetas
espalhados pelo mundo
esqueçam cada vez
o homem
e aplaudam
ainda mais o poeta
31 de mar. de 2008
CONVICÇÃO
sua convicção
é mais do que certeza
sua convicção
assusta
sua convicção
é faca de dois gumes
é adaga
que fere
que mata
sua convicção
faz parar
é farol vermelho
é pisca alerta
sempre acesso
sua convicção
é mal para quem
não conhece
e bem para quem
sabe mais de você
sua convicção
é suporte
para que você
passe por cima
feito trator
sua convicção
faz você arredia
faz você fera
a torna feia
a faz bela
é mais do que certeza
sua convicção
assusta
sua convicção
é faca de dois gumes
é adaga
que fere
que mata
sua convicção
faz parar
é farol vermelho
é pisca alerta
sempre acesso
sua convicção
é mal para quem
não conhece
e bem para quem
sabe mais de você
sua convicção
é suporte
para que você
passe por cima
feito trator
sua convicção
faz você arredia
faz você fera
a torna feia
a faz bela
ABSTINÊNCIA
MAL NECESSÁRIO
COMO É BOM
IRRITADO
NÃO TENHA MEDO
FLORESCER
ATITUDE
DROGAS
FUNDAMENTAL
fundamental
é amar
é o amor
fundamental
é respirar
seja o ar que for
fundamental
é querer suficiente
e não querer demais
fundamental
é viver
é ter paz
é não se esconder
fundamental
é viver
fazer o que se gosta
e tirar da vida
todo prazer
que puder
fundamental é viver
é amar
sofrer também
ensina
faz crescer
aprimora
é fundamental
INESPERADO
OCIOSO
há quem diga
que não faço
nada
que sou ocioso
que não me preocupo
que não trabalho
que ficoa contar
quantas vezes
o vento muda
de direção
quantas vezes as nuvens
encobrem o sol
quantas gotas
da chuvam demoram
para deixar
o chão molhado
há quem diga
que sou vagabundo
que sou ocioso
pode ser que seja
mesmo
eu sei o que sou
sei o que faço
quantas horas
escrevo
quantas horas me perco
quantas horas
TRÉGUA
quero água
uma trégua
peço paz
não faço guerra
tudo foi demais
me consumiu
me arrastou
levou o que não devia
trouxe o que eu não queria
quero água
uma trégua
para me refazer
das derrotas
limpar minhas armas
quero paz
não sou de guerra
já sofri demais
já corri atrás
não quero mais
brigar
agora só pelo que vale
a pena
se vale a pena
não sei
quero água
uma trégua
quero paz
não sou de guerra
uma trégua
peço paz
não faço guerra
tudo foi demais
me consumiu
me arrastou
levou o que não devia
trouxe o que eu não queria
quero água
uma trégua
para me refazer
das derrotas
limpar minhas armas
quero paz
não sou de guerra
já sofri demais
já corri atrás
não quero mais
brigar
agora só pelo que vale
a pena
se vale a pena
não sei
quero água
uma trégua
quero paz
não sou de guerra
ENTERRO
30 de mar. de 2008
PREFÁCIO
antes de ler
eu já sabia
o que já estava previsto
antes de tudo
acontecer
me foi dito
eu não acreditei
não quis ler
o prefácio
da minha vida
mesmo
sem ler
eu sabia
que tudo aconteceria
daquele jeito
e aconteceu
e eu nem sei porque
não queria que fosse
daquele jeito
eu não li o prefácio
da minha vida
sem saber
soube que tudo aconteceria
me disseram
um dia
EU ME AMO
eu me amo
aprendi
a me amar
como sou
dentes tortos
(não foi culpa minha)
foi culpa da sorte
eu me amo
engordando
ficando barrigudo
(isso é coisa que não sonhei)
ando demais
minhas panturrilhas
chegam a doer
eu me amo
nem eu sei porque
aprendi a me amar
e a me aceitar
como sou
impaciente
meio inconseqüente
antes era mais irreverente
ando mais sério
pensando na vida
eu me amo
me amo assim
como sou
como aprendi a ser
CASA E COMIDA
o que quero
é casa e comida
lugar para eu dormir
um prato de sei lá
o que
se não tiver "pc"
escrevo no caderno
não esquento
tudo está dentro de mim
ninguém pode arrancar
o que quero
é minha casa
é um prato de qualquer coisa
um pouco de Drummond
um pouco de Bandeira
quero casa e comida
papel e caneta
e uma dose extra
de transpiração
casa e comida
e uma cama limpa
onde possa
morrer um pouco
até meu dia de novo
acontecer
é casa e comida
lugar para eu dormir
um prato de sei lá
o que
se não tiver "pc"
escrevo no caderno
não esquento
tudo está dentro de mim
ninguém pode arrancar
o que quero
é minha casa
é um prato de qualquer coisa
um pouco de Drummond
um pouco de Bandeira
quero casa e comida
papel e caneta
e uma dose extra
de transpiração
casa e comida
e uma cama limpa
onde possa
morrer um pouco
até meu dia de novo
acontecer
PRETENSÃO
quero apenas escrever
escrever até cansar
escrever até morrer
essa é a pretensão
que tenho
escrever até a noite chegar
escrever até o dia nascer
quero escrever
é o que sei fazer
quero levar minha luz
por onde for
deixar tudo escorrer
pelo vão das minhas mãos
quero escrever
apenas escrever
de noite
de dia
até o fim dos meus dias
e transformar se possível
e fazer pensar
será possível
minha pretensão
e não ter pretensão
nenhuma
apenas escrever
escrever até cansar
escrever até morrer
essa é a pretensão
que tenho
escrever até a noite chegar
escrever até o dia nascer
quero escrever
é o que sei fazer
quero levar minha luz
por onde for
deixar tudo escorrer
pelo vão das minhas mãos
quero escrever
apenas escrever
de noite
de dia
até o fim dos meus dias
e transformar se possível
e fazer pensar
será possível
minha pretensão
e não ter pretensão
nenhuma
apenas escrever
SEM PROPOSITO
não tenho
a intensão
de provocar
faço tudo
sem propósito
não quero invadir
nem tenho a intenção
de perverter
pensamentos
faço sim
mas sem propósito
quero apenas
que olhe
que me veja
e que não me esqueça
tenho o que você quer
eu tenho certeza
mas tudo isso
é sem propósito
sem intenção
quero apenas que me veja
e não me esqueça
não tenho a pretensão de marcar
apenas quero
chamar sua atenção
sem propósito
de propósito
SEM DIMENSÃO
QUERO COLO
quero colo
deitar em teu colo
quero colo
me abrigar
esquecer da vida
me sentir protegido
quero colo
teu colo
para me alimentar
de sonhos
quero colo
teu colo
para me abrigar
para que ninguém em
teu colo me ache
quero ficar
no teu colo
até que nada mais reste
e eu fique
em sonhos e devaneios
quero teu colo
me embriagar
em teu colo
me perder
e deixar que o mundo
lá fora
corra por mim
e eu aqui
fico sem tempo certo
e me perca em teu colo
MELANCOLIA
o dia de chuva
o dia frio
o dia que as roupas
ficam molhadas
dia que nada seca
melancolia
aperta
o dia de tarde intensa
o dia da noite que não chega
não tenho coragem de nada
quero só ficar deitada
na minha cama
coberta até a alma
olhando para o nada
apenas pensando
a melancolia
aumenta o frio
aumenta minha vontade
de ficar aqui
deitada
na minha cama
dia frio
e noite que não chega
e até que chegue fico
deitada
na minha melancolia
BRAÇOS DA SAUDADE
mesmo
quando nego
quero e me atiro
sempre
nos braços da saudade
mesmo
quando fujo
nos meus tropeços
caio devagar
nos braços da saudade
que me embala
e me acalma
quando meu coração chora
mesmo
sem assumir
sinto a saudade
e me atiro em seus braços
e me acalmo
na saudade que sinto
mesmo
que não enfrente
mesmo que o medo
às vezes me domine
me acalmo
nos braços da saudade
que é forte
e eu nego
AVALIE SEMPRE
sua vida
é reflexo
do que anfa fazendo
se quer saber
avalie sempre
reflita sobre o que faz
sobre o que pensa
sobre o que quer
sobre o que deseja
sua vida
é seu reflexo
reflexo
do que pensa
de como age
pense bem
reflita
avalie sempre
se for preciso mude
se for preciso volte
se sua vida
está ruim
melhore
faça diferente
e por favor
avalie sempre
você é o que pensa
e sua vida
reflexo
é reflexo
do que anfa fazendo
se quer saber
avalie sempre
reflita sobre o que faz
sobre o que pensa
sobre o que quer
sobre o que deseja
sua vida
é seu reflexo
reflexo
do que pensa
de como age
pense bem
reflita
avalie sempre
se for preciso mude
se for preciso volte
se sua vida
está ruim
melhore
faça diferente
e por favor
avalie sempre
você é o que pensa
e sua vida
reflexo
NÃO É MEU
não é meu
seu amor
não é meu
seu olhar
seu mundo
seu coração
não é meu
o que é meu
não me pertence
meu amor
minha vida
nada do que tenho
e o que não tenho
não é meu
o sonho
nem as vontades
o amor
que pensei sentir
que pensei ser meu
não é meu
o seu amor
também perdido
não é meu
o que é meu
nem eu sei
não tenho nada
o que tenho não
é meu
nem as rosa jogadas
nem o sangue no chão
nada é meu
nem seu amor
nem o meu
CADA VERSO
cada verso
serve como elo
que vai se fundindo
em minha espiritualidade
cada verso
faz de mim
ainda mais mortal
ainda mais largado
num mundo
que somente
conhecem
os poetas
cada verso
é desabafo
cada verso
minha estupidez
minha solidão
cada verso
momento único
pensamento único
cada verso
amor
paixão
entrega
cada verso
renúncia
elos que se unem
para minha eternidade
para a hora
que hei de chegar
SINAIS
em todos os lugares
o que mais tem
são sinais
não ligamos
deixamos para lá
sem querer saber
sem se importar
sinais
em toda hora
em todo lugar
nos olhos
e na boca
em corpos
desconhecidos
nas palavras
que se lê
no inconsciente
todas as horas
sinais
irrelevantes
ora sinais
incoerentes
passamos por cima
não ligamos
sinais
de vida
de bem querer
sinais de amor
de morte
de dor
SIGNIFICADO
o que não importa
para ninguém
tem significado
importante
para mim
o que desprezam
eu quero
o que jogam fora
recolho
o que não importa
para ninguém
tem significado para mim
um amor jogado
um pecado dito
palavras
tudo para mim
tem significado
um olhar
um jeito torto de falar
um ponto
uma vírgula
ou apenas reticências
o que não importa
o que é jogado fora
para mim importa
dou valor
tudo o que se descarta
palavras
olhares
tudo tem significado
nada se perde
29 de mar. de 2008
REDOMA
minha redoma
não me protege
me isola
e me deixa
vulnerável
minha redoma
apenas
me engana
é meu esconderijo
é meu labirinto
tem entrada
mas não tem saída
minha redoma
é de papelão
não é de vidro
minha redoma
tira minha luz
e me cega
me protege
e me expõe
minha redoma
se abre
para que entre o ar
e o perfume da noite
minha redoma
é de papelão
e tem seu nome pixado
de todos os lados
do lado de dentro
para que mesmo
trancada
escondida
perdida
não me esqueça você
PAIXÕES QUE INVENTO
INSTANTES DE LOUCURA
instantes loucura
quando nada
é nada
quando se fala
e em resposta silêncio
instantes loucura
ficar procurando
na rua
o sorriso que não sei
se existe
instantes loucura
rasgar os livros
que escrevo
por achar tudo
diferente de mim
instantes loucura
o ar que não entra
o ar que falta
asfixia
instantes de loucura
quando as flôres
dos vasos murcham
e não há mais flôres
no jardim
instantes loucura
quando não há
mais nada
FAZ FALTA
faz falta
um sorriso
um abraço
um perfume
faz falta um beijo
um aperto de mão
faz falta
o sol na pele
a água do mar
amigos por perto
andar de bicicleta
dirigir
o carro que não tenho
faz falta
uma boa companhia
um cinema
um teatro
faz falta
um telefonema
uma música
um bilhete
faz falta
andar no meio da multidão
andar num parque
faz falta respirar
falta amar de verdade
amor verdadeiro
faz falta
de verdade
um sorriso sincero para mim
MEU TEMPO
meu tempo
é diferente
do tempo
que há nos relógios
meu tempo
tem segundos
e minutos
diferentes
meu dia
não tem apenas
24 horas
tem dias que tem mais
tem dias quem nem tem
meu tempo
corre atrás de mim
dele eu fujo
e ele me segue
às vezes me escondo
ele me acha
eu e ele
brincamos
eu corro atrás dele
e ele corre atrás de mim
meu tempo é assim
meu dono
meu amigo
meu tempo
NÃO SINTO MAIS
não sinto mais
tudo
como sentia antes
não sinto mais
o alimento que como
não sinto mais
a água que bebo
não sinto mais
meus pés tocando o chão
nem meu coração batendo
não sinto a vontade
que eu sentia
a vontade que eu sinto
é diferente
não sinto mais
aquela euforia
mudou tudo nas tardes
e nas noites
não sinto mais sono
nem vontade de dormir
tenho medo
de não mais acordar
já não sinto mais
medo de morrer
já morri
MEU MODO DE VER
meu modo de ver
e de sentir
o amor
não é mesmo
é bem diferente
vejo um amor livre
e sem correntes
onde todo mundo
ama todo mundo
onde amor liberta
e não prende
meu modo de ver
a vida
é diferente
ela passa devagar
é fera que não se doma
meu modo de ver
o tempo
é como o tempo me vê
é diferente
é invertido
vejo tudo em verso
tudo em poesia
tudo é mais intenso
cheio de amor
cheio de vida
meu modo de ver
é como escolhi viver
e como vivo
POETAR - 2
poetar
é me prender
nas minhas redes
poetar
é me enroscar
em sentimentos
nos meus sentimentos
poetar
é ficar sozinho
por horas
é não ver o sol
não ver o dia
poetar
é deixar se consumir
é morrer
do próprio veneno
poetar
é ficar preso
no amor que sente
é ficar
sozinho
vendo a vida passar
esperando a morte chegar
poetar
é se embriagar sem beber
e tragar
sem fumar
poetar
é se enroscar cada vez mais
no amor
a essa dama
a poesia
PEQUENO
sou pequeno
perto do que sinto
pequeno demais
nem sei como sou
capaz
de aguentar
tanto sentimento
sou pequeno
e o que sinto
é grande
enorme
e meu peito resiste
o que sinto
é grande demais
divido com todos
divido com o mundo
sou pequeno
minúsculo
insignificante
o que sinto
é enorme
é gigantesco
desproporcional
divido com o mundo
me sinto mais leve
me sinto enfim
grande demais
enorme
RESPONSÁVEL
a realidade
me prende
corda responsável
me prendendo
no chão
me prendendo em mim
a realidade
não me deixa voar
a realidade
não me abandona
em momento algum
e a corda
me prende
cada vez
quanto mais tento fugir
mais me prendo
corda
responsável
em me deixar
vivo
na realidade
de não poder querer
na realidade
de não quero sonhar
quanto mais tento
mais me enrosco
nas cordas
na realidade
que sempre me esmaga
NINGUÉM VÊ
ninguém consegue ver
como me sinto
ninguém escuta meus gritos
ninguém ouve meu silêncio
ninguém vê
meus olhos
vermelhos de tanto chorar
tudo está muito distante
e mesmo quando não há
distância
a distância de alguma maneira
se faz
e ninguém
ao menos pergunta como me sinto
se morri ou se estou vivo
ninguém vê
como me sinto
também não vejo ninguém
não escuto nada
só ouço gritos de madrugada
meu gritos
e mais nada
O QUE VIVO
o que vivo
são os dias
que escolhi
o que vivo
é a minha razão
é minha inconsequência
sou dono de mim
dono dos meus atos
dono do que escolhi
o que vivo
é minha alegria
e minha tristeza
minha paz
e meu tormento
não existe culpado
somente eu
o que vivo
são apenas reflexos
me prendo
e me liberto
corro por aí
e volto correndo
o que vivo
é como escolhi viver
ninguém tem culpa
apenas eu
são os dias
que escolhi
o que vivo
é a minha razão
é minha inconsequência
sou dono de mim
dono dos meus atos
dono do que escolhi
o que vivo
é minha alegria
e minha tristeza
minha paz
e meu tormento
não existe culpado
somente eu
o que vivo
são apenas reflexos
me prendo
e me liberto
corro por aí
e volto correndo
o que vivo
é como escolhi viver
ninguém tem culpa
apenas eu
SOLITÁRIO
faz tempo
que ando
solitário
faz tempo
que ando
e me sinto sozinho
mesmo com tanta
gente
me sinto assim
solitário
minha alma está
sozinha
não faz tanto tempo assim
quase um século
que ando só
sem ninguém
solitário
e vou vendo tudo
de forma diferente
de cores e sons
até o gosto da vida
solitário
fica diferente
faz tempo
um dia
um mês
um século
ESCOLHAS
TRANCADO EM MIM
trancado em mim
não penso
apenas vivo
e escrevo
escrevo tudo o que sinto
e o que vejo
trancado em mim
o mundo lá fora
parece diferente
do que sinto
trancado em mim
nada me atinge
só eu mesmo
posso me ferir
e colocar na minha pele
farpas da minha existência
trancado em mim
não vejo cores
nem sinto dores
nem o vento que sopra
trancado em mim
não sou o mesmo
que sempre fui
sou diferente
trancado em mim
não sinto
apenas escrevo
28 de mar. de 2008
HORIZONTES
os
horizontes
não mudam
nem as pedras
na praia
nem as ondas
que incansáveis
insistem
em quebrar
as barreiras
meus olhos
buscam os horizontes
que não mudam
de tempo
nem de lugar
fico olhando
as pedras
e as ondas
que insistem
em como eu
furar as ondas
se os horizontes
não mudam
mudo eu
e se as ondas não furam
as pedras
as pedras
machucam as ondas
assim como eu
se não consigo
por um meio
tento outro
VICIADO
sou viciado
nesta droga
chamada amor
preciso acordar
e cheirar o frescor
da manhã
e lembrar sempre
que tem alguém
que gosta de mim
preciso de amor
nas minhas veias
preciso de amor
em mim
para viver
sou viciado
dependente desta droga
poderosa
que mata
que me devora
essa droga
chamada amor
droga que dilacera
que me faz sonhar
me faz andar por aí
buscando
por todos os lados
o amor
que me mantém vivo
essa droga
poderosa
chamada amor
nesta droga
chamada amor
preciso acordar
e cheirar o frescor
da manhã
e lembrar sempre
que tem alguém
que gosta de mim
preciso de amor
nas minhas veias
preciso de amor
em mim
para viver
sou viciado
dependente desta droga
poderosa
que mata
que me devora
essa droga
chamada amor
droga que dilacera
que me faz sonhar
me faz andar por aí
buscando
por todos os lados
o amor
que me mantém vivo
essa droga
poderosa
chamada amor
POUCO CASO
não estou nem aí
se minha aparência assusta
nem ligo para
seu pouco caso
há coisas bem piores
espalhadas
minha aparência
não importa
se importa
não ligo
e do seu pouco caso faço
escada e subo
enquanto se preocupa
comigo
seu pouco caso
só me ajuda
há coisas bem piores
espalhadas por aí
quero mesmo é assustar
quero mesmo é causar
e assustar você
na verdade
não quero nem saber
nem ligo
e seu pouco caso
me faz crescer
VAMPIRISMO
a morte
está banal
como a vida
um corpo
sem vida no chão
não mais assusta
vampirismo puro
há os vampiros
da felicidade
e do bom humor
há vampiros
que sugam energia
vital
consciente
ou não são vampiros
sugam
o que há de bom
sem deixar vestígios
a morte
ficou banal
como a vida
e um corpo
estirado no chão
não assusta mais
há o bem
e há os vampiros
também
vampiros que andam
de dia
que bebem água benta
que se refletem no espelho
que rezam
e se dizem crentes
vampiros de energia
de felicidade
de paz de espírito
HUMILHAÇÃO
O QUE SE QUER
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