
faço
minha morada
na beira
de um cais
faço
do cais
o porto seguro
dos meus poemas
faço do cais
refúgio
faço das águas incertas
minha fonte eterna
moro no cais
perto da terra
dos absurdos
e dos ventos que passam
moro no cais
de incertezas
de poemas
e noites de velas acessas
faço
minha morada
nos lugares
que posso apagar
da memória
faço minha morada
no vento
para que o vento
sempre me leve
por aí
para novos cais
para novos mundos
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