
há perfeição
em tudo
há perfeição
acima de tudo
em todos
e em mim
não quero pensar
que tudo está perdido
não quero achar
que mergulho de cabeça
em piscina vazia
a perfeição
está nos meus olhos
e nos olhos de quem vejo
há perfeição
em tudo
na intensidade de cada
na superfície de todos
há perfeição
no brilho
e na timidez
no que eu digo
e não entendo
talvez busque apenas
uma razão
para achar tudo perfeito
achar perfeição
em tudo o que escrevo
para que não me sinta
num mar sem ondas
numa piscina sem água
há perfeição
em algum lugar
Este tem algo que gosto muito, a utopia! Algum lugar, assim indefinido, que tem o gosto do “quero ver”, da intuição, o autor bem coloca as incertezas do aqui-agora nesse caminhar, descrevendo um presente que não se completa em si. Adoreiiiii!!! Rô
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