3 de abr. de 2008

CALAR-SE

deixar
calar-se
pela manhã
que não nasce
deixar
calar-se
pelo orvalho
que molha
e pela noite
que não finda
deixar
calar-se
pela voz
que clama
o silêncio
da manhã
que não nasce
calar-se
diante do mar
que não existe
diante das ondas
silenciosas
das noites
que não findam
calar-se
diante do silêncio
da manhã que
não nasce
mas que há de nascer

Um comentário:

  1. Hummm... essa poesia dá a sensação de silêncio, de abandono, de querer ficar quietinha, dormindo sossegada, longe de tudo...
    Linda!!!

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