7 de abr. de 2008

SOCORRO

me ajudem
me socorram
o barco que estou
afunda
não sei nadar
e nem tenho remos
me ajudem
parte de mim
morre
parte de mim
começa deixar de existir
socorro
eu chamo
eu imploro
se for preciso
me humilho
me ajudem
não me deixem partir
não deixem que parte
de mim morra
que parte de mim pereça
socorro
meu eu afunda
nos mares
que eu mesmo criei
socorro
me ajudem

Um comentário:

  1. O poeta clamando por ajuda...
    nada mais triste e ao mesmo tempo poético...
    O grito do poeta!
    Demais!

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