4 de ago. de 2008

SONETO DO DESESPERO


tantas vezes eu gritei
e muitas calei o grito que dei
quantos medos eu senti
e no silêncio até me perdi
x
em realidades de grande amargura
esqueci qual era a total doçura
da vida que deixei sem ternura
do sonho sem transparência e brancura
x
desesperado percebi o tempo correr
cansando vi a flor morrer
iludido deixei tudo sem perceber
x
tudo passou e nada é igual
agora aqui é só temporal
meu desespero agora é normal

Um comentário:

  1. Um poema clássico, rico em palavras e comparações.
    Profundo, muito bem escrito e uma construção muito elegante.
    Parabéns!
    Adorei!

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