5 de set. de 2008

ATÔNITA

foto: olhares.com


diante de tudo
o que falar
o que dizer
pensar pra quê
diante de tudo
da perplexidade
do mundo
fico aqui
no submundo
no meu doce refúgio
atônita
cheia de medo
de não confiar
mais em ninguém
o que pensar
pensamentos corroem
a alma devagar
prefiro ficar
no meu canto
do que ser tomada
por encanto
por impulso
e depois me arrepender
dizer o quê
se o silêncio
fala mais alto
prefiro ficar no meu
submundo
olhando tudo
e não vendo nada

Um comentário:

  1. O medo já retratado de outra forma... sob outro prisma.
    Incrível a versatilidade que existe nas suas poesias.
    O mesmo tema retratado de diversas formas.
    Criativo e rasgado demais!!!
    parabéns!j

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