14 de jan. de 2009

ESTRÊNUO*

eu era
valente
não tinha
medo de nada
não tinha medo
da morte
eu era
ousado
corria o mundo
descalço
dava risada
de todos
que andavam
calçados
em plenas manhãs
de verão
eu era
dono dos meus sonhos
eu mandava
no meu coração
expulsava sem dó
quem maltratava
meus sentimentos
eu era
estrênuo ao limite
eu era
sozinho
vivia sozinho
sem sol
sem lua
sem estrelas
tive medo
conquistei amigos
vi estrelas
percebi enfim
a beleza da calma noite

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