16 de fev. de 2009

CHEIO DE NADA*

me pego
flutuando
saindo de mim
preciso fazer isso
preciso sair
às vezes
para que assim
não enlouqueça
cheio desse nada
cheio disso
que não soma
nada
nem multiplica
subtrae
me pego distante
indo rumo a tão sonhada
paz
ficar não dá mais
fecho os olhos
troco as vozes
incandecentes
pelo canto do vento
me acalmo
me perco
indo do sonho
ao pesadelo de acordar
e me pegar na realidade

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