23 de abr. de 2009

NÃO ME CHAME DE BENZINHO*

não me chame
de benzinho
nem de amor
nem de anjo
não sou nada
sou vertigem
miragem
não existo
não me chame
de nada
nem por nome
nem por apelido
me chame de vento
de tempestade
de temporal
me chame de verdade
só não me chame
de querido
de amor
de minha paixão
não sou nada
sou apenas algo que passa
sou invísivel
micro organismo
sou
o ontem
o último suspiro
sou madrugada
sem noite
sou dia
sem sol
não sou benzinho
nem querido
nem amor
porque eu
não existo

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