26 de jul. de 2009

NINGUÉM PERCEBE*

ninguém percebe
que estamos
ficando
iguais
estamos
todos
com o mesmo
rosto
com o mesmo
jeito de viver
de andar
ninguém percebe
que estamos
virando máquinas
sem sentimentos
sem coração
estamos
sem voz
sem força
ninguém percebe
que os dias
são iguais
que as cores
são apenas uma
que perdemos
nossa identidade
ninguém percebe
que não somos mais os mesmos

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