30 de dez. de 2009

ANARQUISTA DE MIM*

eu sou sim
severo demais
comigo
severo demais
com tudo
não é tudo
que eu aceito
não é tudo que eu permito
não é com tudo
que eu concordo
eu sou sim
chato
pedante
mas não sou injusto
nunca fui
eu sou sim
crítico demais
organizado demais
e definitivamente
um homem sem paciência
mas sei ouvir
só não sei ficar quieto
só não sei me calar
eu sou sim
alguém que decidiu
simplesmente não aceitar
o que foi imposto
alguém sem regras
sem leis
fechado no meu próprio eu
para não estragar
o bom humor de ninguém
eu sou sim
agora
um poeta apaixonado
pela essência humana
apaixonado sempre pela
beleza feminina
que ainda é calmante
em minha vida...
eu sou sim
anarquista de mim

Um comentário:

  1. Poeta Eduardo!

    O poeta escreve o seu sentir
    dá cor e expressão à palavra
    permite-se ocultar ou fingir
    em toda a poesia da sua lavra

    Longa ausência, poeta! Um ano cheio de aor, paz, saúde e muita poesia. Abraço.

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