10 de abr. de 2010

QUALQUER HORA

qualquer hora sumo

qualquer hora desapareço

para voltar

quem sabe em instantes

ou não voltar mais

me falta coragem

e também razões

qualquer hora

volto

para minhas ruas

de infância

para os meus jardins

sem rosas

qualquer hora

quem sabe

hei de plantar

novas sementes

hei de colher

o que apodreceu

nesse mesmo solo

quem sabe

qualquer hora

conto minhas histórias

em versos e prosas

ou me cale

e não conte nada

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