22 de jun. de 2010

SONO INQUIETO

viro
pra lá
e pra cá
a cama
parece pequena
os sonhos
parecem
verdades
viro lá
tentanto
fugir
viro pra cá
querendo
acordar
desse sono inquieto
não há nada
que me desperte
não há
nada que me tire
de onde estou
tudo
parece
verdade
os sonhos
me assustam
me incomodam
deixam
minha noite longa
acendem
meus medos
tiram minha paz
nada me tira
desse sono inquieto
parece que mergulho
no mais profundo
abismo
vira
pra lá
e pra cá
e não acordo
os sonhos engoliram
minha noite

Um comentário:

  1. Identifiquei-me imenso com esse lindo poema...

    Pareceu ter saído de dentro de mim...
    Talvez porque cada poema que escrevemos, além de ter um pedacinho da alma de nós, tem também um pedacinho da alma de quem o lê...

    Belissimo blog, parabéns!

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