às vezes
não há
ninguém
para em abraçar
ninguém
que me escute
ninguém
que fale
o que eu preciso
ouvir
às vezes
e tantas
vezes
choro sozinho
e ninguém vê
as lágrimas
escorrendo
pelo rosto marcado
às vezes
abro
a janela
na esperança
que algum
vento
sopre para longe
esses meus instantes
nem o vento
nem ninguém
para me abraçar
e acalmar
minha dor
meu pranto
às vezes
e tantas vezes
a manhãs
são como as tardes
que são como as noites
e tantas madrugadas
sozinhas
solitárias
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