Labirintos da Solidão

a gente
brinca
de ser criança
a gente
rola na grama
brinca
de pega-pega
até
cair na cama
e se perder
nos beijos
a gente
se beija
engole
com fome a
língua
e bebe
sem nojo
os suor
que escorre
pela pele
pelo corpo
a gente brinca
nessa hora
de ser adulto
rola na cama
rola no chão
acaba
abraçado
contando
as estrelas
do teto
do nosso quarto