Labirintos da Solidão

hei
de morrer
um dia
mas não agora
na outrora
quando o sol
não mais nascer
hei
de morrer
não antes
de ver
todas as vidas
transformadas
não antes
de saber
que todas sementes
plantadas
germinaram
cresceram
viraram árvores
frutificaram
hei
de morrer
não agora
que a vida grita
em mim
quando não houver
mais razão
alguma
para viver