6 de fev. de 2011

ninguém
mais
diz nada
que se possa
sonhar
ninguém
mais
ama
o mesmo
amor
que se amou
e se perdeu
ninguém
mais
se olha
os olhos
abaixados
rastejam
pelas poeiras
desse
solo mal cheiroso
ninguém
mais
colhe
flores
oferta
cartas de amor
ninguém
mais
oferece
abraços
braços
fechados
ninguém mais
nem mesmo
eu

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