21 de jul. de 2011

DERREPENTE

derrepente
voc
acorda
corre na direção
que sempre
correu
e percebe
que não há
mais nada
sente
ainda o gosto
amargo
das palavras
sente
o peso
dos erros
em suas costas
e o orgulho
ferido
quer falar
e não fala
quer escrever
e não o faz
não entende
nada
o inconsciente
mata
o pouco
de esperança
e a razão
não deixa mais
que nenhum porta
se abra
derrepente
você acorda
e a solidão
de sempre
abraçada no seu corpo
agora gelado
para sempre

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