não gosto
do que sou
nem no adulto
que me transformei
não gosto
dos meus dias
não gosto
da minha sorte
não gosto
da minha vida
não gosto
de ser quem eu sou
não gosto
da criança que fui
do adolescente
mediocree
do adulto
imbecil em que me
transformei
não gosto
do marido que sou
do pai que tento ser
do avô
que ainda consegue
fazer sorrir
quem ainda não me conhece bem
não gosto
do meu rosto
dos meus dentes
do meu sorriso
não gosto das coisas
como são
e quem sou eu
para não gostar de nada
apenas
um poeta
vivendo sua triste
mediocridade
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