apontem
os dedos
sujos
riam
de mim
cuspam
divirtam-se
façam
de mim
condenado
deixem-me
apodrecer
atirem
suas pedras
matem-me
devagar
matem-me
aos poucos
fechem
meus olhos
cortem meus dedos
arranquem
meu coração
serei
ainda assim
o mesmo
condenado
por Deus
a escrever
cada vez mais
e sempre
o que não querem ler
Nenhum comentário:
Postar um comentário