não cuspo
eu bebo
devagar
o doce veneno
que me faz
engolir
a vida
tenho
tantas feridas
tantos medos
que já
não tenho medo
de nada
ando por aí
falando
sozinho
ainda por aí
pensando
besteiras
meus amigos
todos morreram
meus amigos
todos
se foram
eu o doce
escorre
pelo canto
da boca
e o doce veneno
já não
mata mais
um coração
que há muito tempo
já morreu
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