26 de mar. de 2013

E DERREPENTE


e derrepente
o que era amor
já não é mais
é dor
é solidão
é quase desespero
e derrepente
o que se queria
perto
se quer distante
e o que fazia bem
agora faz indiferença
derrepente
o sim
vira não
e o talvez
imensidão
o dia
vira noite
e a noite
o mais triste
de todas as sepulturas
e derrepente
as flores
estão murchas
não há mais jardins
somente
ilusões
dos perfumes
que o vento levou
e derepente
não se entende mais
e não se quer mais
e não mais se vêem
quem se via
e não se entende
mais
o sofrimento que sentia
e derrepente
o que era
quente
esfria