24 de out. de 2014

ENVELHECENDO

cheio de dores
cheio de marcas
coração endurecido
alma cansada
tantos caminhos
tantas idas
perdidas
o corpo reclama
a alma chora
cheio de dores
cheio de cicatrizes
voz agora calada
poesia
agora muda
envelhecendo
sentado
ainda na beira
da estrada
da minha vida
tentando voltar
de um caminho sem volta
perdido
sem sorrisos
e vitórias
e lágrimas
e derrotas
cheio de dores
cheio de mágoas
despedaçado
e vivendo
a vida que me resta

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