2 de jan. de 2015

MINHA JANELA

abro
minha janela
não consigo
ver o sol
os muros
cinzas
gelados
no cimento seco
abro
minha janela
sinto
apenas
o vento
que refresca
meus instantes
não mais flores
na calçada
não há
mais verde
nem verdade
abro
minha janela
fecho
os olhos
imagino
o mar
imagino
a menina mais bela
passando
deixando
no vento que sopra
o perfume
da pele
abro
minha janela
não vejo o sol
o céu
não vejo nada
imagino
tudo

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