e depois
das Marílias
das Anas
das Alziras
me vem
as chamas
das almas aflitas
e depois
de tantos copos
de tantas doses
de um amor
de noites
fálidas
me vem
o vazio
de todos os bebados
as tonturas
os rodopios
pés no asfalto
no meio fio
frio
depois
dos falsos amores
dos abraços gelados
dos corpos
e dos pecados
vem
aquilo que não é certeza
os pápeis
em branco
e toda
minha indecência
depois
das Marílias
das Anas
das Alziras
me vem o dia
cegando minha noite
roubando-me a vida
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