2 de fev. de 2015

MEUS CACOS




Me encolho
Me recolho
Sempre
Dentro
Dos meus sonhos
Me solto
Renasço
Nas minhas noites
Tantas
Noites
Mal dormidas
Me descubro
Nas palavras
Vazias
Rabiscadas
Nas paredes
Do quarto
Nas poesias
No meu cansaço
Nas dores
Nas articulações
No coração congelado
No peito
Me reinvento
E depois de novo
Me perco
Em meios aos cacos

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