13 de fev. de 2015

QUADRO


te vejo
como um quadro
caro
raro

te vejo
em horizontes
onde
meus horizintes
não alcançam

te sonho
em noites
quentes
e o corpo
suado
na rede do meu quarto

imagino
teu banho
as águas mornas
que te banham
o cheiro
da pele molhada
o sabonete
que desliza

vejo
tua estrada
paralelas
duvidosas
vejo-te
num quadro
raro
caro
improvável

ainda
que meus cacos
guardados
firam meus sonhos
reais
loucos
desajustados

ainda assim
miragem
te quero

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