15 de fev. de 2015

QUARTAS-FEIRAS


eram tardes quentes.
de tantas quartas-feiras.
eram de amor, de toques de desejos.
aquela necessidade de sentir, de fazer. inconsciente consciente.
sem ver o que se via.
eram tardes de melodia, de copos vazios, de tantos beijos
e abraços e corpos que se queriam e corpos que se imploravam.
tinha o medo das cortinas que voavam.
tinha o medo que a luz se acendesse.
tinha medo dos pés depois no chão.
eram tardes finitas.
quartas-feiras ansiosas.
vestidos de preto.
suor que escorria.
eu me lembro.
 rostos em fogo.
nossas tormentas.
depois o cheiro.
o perfume na pele, na roupa...
eram assim aquelas tantas quartas-feiras que hoje são lembranças esquecidas...
são poesias escritas do amor de cada jeito.

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