Derrepente
A solidão
Era a única
roupa
Que me
servia
E a poesia
A única
Amante
Que me
entendia
Eu era
Nada
Anônimo
Sentado na
calçada
Sobrevivendo
De minhas
Migalhas
E meus erros
Querendo ver
Onde a vida
dava
Onde seria
O final
De tudo isso
Derrepente
Eu me via
fora
De tudo
E nada mais
me cabia
Não havia em
mim
Amor algum
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