2 de nov. de 2015

NADA MAIS

agora
bebo
nos calices
da
minha noite
este
meu silêncio
que me
ensurdece
a rua
está molhada
da chuva
que cai sobre
mim
meu amanhã
nasce
agora
diferente
não sofro
mais
sem ter o sofrer
palpável
em minhas mãos
agora
olho
para o vazio
preenchido
do meu eu
não tenho mais asas
nem borboletas
no estomago
tenho pedras
pegadas certas
e um longo
caminho
já percorrido
nada mais

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