Não sou nada
Nunca fui
nada
Sou apenas
Aquilo
Que vejo
refletido
No espelho
Do banheiro
Às vezes
Deixo a
barba
Às vezes
De madrugada
Às vezes
Quantas vezes
Quem sabe
Não sou nada
Sou apenas
Aquilo
Que creio
ser
Um pouco
Das mentiras
Um pouco
Das verdades
Quem sabe
Não sou quem
falo
Não sou quem
me veem
Sou quimera
De olhos
cerrados
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