4 de fev. de 2015

OLHOS CERRADOS




Não sou nada
Nunca fui nada
Sou apenas
Aquilo
Que vejo refletido
No espelho
Do banheiro
Às vezes
Deixo a barba
Às vezes
De madrugada
Às vezes
Quantas vezes
Quem sabe
Não sou nada
Sou apenas
Aquilo
Que creio ser
Um pouco
Das mentiras
Um pouco
Das verdades
Quem sabe
Não sou quem falo
Não sou quem me veem
Sou quimera
De olhos cerrados

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