Sem você Não dá Pra sorrir Não dá Pra viver Não dá Pra não Querer Que tudo Dê certo Sem você Não dá Pra ficar Nessas guerras Cruas Não dá Graça De vencer Sem você Não dá Pra viver Com emoção Tudo Fica Vazio Sem graça Sem você Não dá Não existo
As horas Não passam Fico Olhando O vazio Sem sono Sem nada Não penso Não sinto Estou Morto vivo Ou Vivo Sei lá Pra que As horas Me consomem Não passam Fico Olhando Os pernilongos Na parede Sem sono Querendo Que tudo Acabe E eu morra Pra dormir Pra descansar em paz
Não adianta Voltar Correndo Pedindo Esmolando Agora É de vez Sem chance Não quero mais Teus sorrisos Infames E tua boca Venenosa Não quero Mais Palavras Azedas E tuas provocações De sempre Não dá mais Sem chance Já foi Já deu O que tinha Que dar Não dá mais Acabou De vez Sem chance
Tua pele É seda Tua boca É seda Tua língua Teu corpo Você É seda Teus cabelos Teus olhos Tuas mãos Delicadas Mãos Teus sonhos Tudo De você E em você Pura seda Tua pele Tudo Em você De você Teus lençóis Tua cama Tudo Irresistível Inesquecível Sempre viva Seda
Se acaso Você Chegasse Derrepente Sem avisar Roubaria De mim A minha Vida Meu sorriso E me faria Renascer Se acaso Você Chegasse Assim Toda prosa Ficaríamos Por horas Na mesa De um bar Jogando Conversa fora Rindo das nossas Vidas Esquecendo assim Nossas derrotas Se acaso Você chegasse
Não preciso De revanche Eu já Ganhei Atropelei Quem dizia Que não Não preciso Provar De novo O que já Provei E provo Todos os dias Deixo Apenas Que lembre De mim E chorem Não preciso De revanche Já ganhei De todos Que um dia Falaram de mim Já chorei O que choram Hoje Não preciso mais chorar
Imagino Teu corpo Quente Incandescente Imagino Tua língua Úmida E tua saliva Ácida Imagino Sempre Teu abraço No meu abraço E nós Dois Perdidos Neste mesmo Labirinto Sem saída Pra nós dois Imagino Teu corpo Quente Incandescente E teu beijo Na minha boca E teu hálito Para sempre No gosto da minha boca
Que língua Falo Eu Se no mundo Que vivo Solitário De mim Não vivo Não há som Só Meu Eu sentado No sofá De angústias Que língua Falo Eu Se não preciso Dizer nada A mim No mundo Em que eu Vivo Sozinho Só eu No meu silêncio Sentado no meu sofá De sonhos Esquecidos
O dia Morre Lentamente Como Quem Quer ficar Olhando A noite vadia Chegar O dia Chora Em silêncio E desfaz Em cinzas Pra sempre Essa noite Que não Deixará Vestígios Algum Do dia que morreu Em silêncio Como todas As noites E os dias Que nascem mortos Pra sempre Essa noite De todas as outras que virão
Depois Do fim Pra onde você vai Vai viver Seu céu Sua paz Ou teu inferno Astral Vai chorar Ou vai rir de Tudo Depois Do fim Como será Tua vida Pra onde vai Tudo O que se viveu Serão Apenas mais Sombras Do passado Ou para sempre Ainda Páginas viradas Depois Do fim Pra onde você Vai
Por tudo O que for E foi Quero Ter você Do meu lado Seja sorrindo Seja cheia De ilusão Feito Conto de fada Por tudo O que for Seremos Nós Por nós mesmos Sempre Mesmo Que haja dor Haverá Em nós Sempre O mesmo Amor de sempre Por tudo O que for E por tudo Que será Nós sempre lado a lado
Pobre Deus Já não sabe Mais o que fazer Perdido Entre nós Atônito Com tanta Maldade Perplexo Com os erros De tua criação Pobre Deus Que ainda Acreditava No amor Como salvação Chora Hoje De tristeza De decepção Ver seus filhos Se matando Pobre Deus Solitário E sem mais Poder Rezando Pelo que será De todos nós
Às vezes Distraio-me Olhando Você Sua bunda Seu sorriso É a minha Perversa distração Meu momento De fuga Meu momento De ilusão Fico Pensando Em nada E quando Volto A terra Está mais Leve Mais Bonita E eu ainda Perdido na sua imagem É com certeza Minha perversa Distração Minha fuga Meu alento
Nunca fui Do tipo Que se jogada Nunca fui Do tipo Que me lançava Eu Arriscava Sem querer Saber Nunca fui Do tipo Filhinho Do papai Nunca tive Pai E minha mãe Não tava nem ai Os tipos Que não fui Eu sei Nunca fui do tipo Estudioso Nunca tive amigos Nunca tive amores Eu Arriscava Sem querer Saber se ia ganhar ou perder
Será Que um dia Por aí Vou Te encontrar Será Que um dia Eu Poderia Dizer Sem medo O que sinto E ganhar Um beijo Da tua boca Esse É o mistério Que me faz Seguir Adiante Será Que eu vou Antes De te ver sorrir Ou partiras Primeiro Sem me dizer O que quero ouvir Eis o mistério
Não ganhei Eu Não ganhou Você E nem empate Deu O jogo Não valeu Não há regras Você faz O que tem Que fazer E eu Apenas Me defendendo De você Sem saber Por onde Ataca O que vale E não vale Não sei jogar Teu jogo De azar Seu jogo Não valeu Não ganhei Eu Não ganhou você
Todos Os dias Preciso Me vencer Me superar Não posso vacilar Os demônios Ficam Na espreita Querendo Meus erros Querendo Minha paz Minha consciência Todos Os dias Preciso Não dar Ouvidos As vozes Que gemem E querem Que eu saia De mim O inferno É fogo E os demônios Querem um descuido Querem me jogar
Fico Pensando Em você Se chora Sem perceber Se grita De dor Se lamenta Por tudo de errado Fico Querendo Um grito Seu Para ter a certeza Que não É Tão forte assim Fico Pensando Em você Se há lágrimas Ou se todas Já secarão Fico Tentando Escutar Seu grito Seu choro
Olho Minha neta Pequena Dormindo Sem ainda Se preocupar Com nada O que será Do amanhã Como estarão Nossos dias O que será Dessa pequena Menina Ainda Sem sonhos Ainda Inocente Ainda Anjo Nessa terra Olho Minha pequena De sorriso Vivo E tenho medo Do que virá Amanhã
Noite Sombra Do dia Morto Na calçada Dia Luz Da vida Refletida Nos ecos Sem som Dia E noite A mesma De todas As vidas E tantas Vida Jogadas Em valas Esquecidas Noite O escuro Da vida Dia Que se pensa Ver E o eco Sem som
De verdade Não me fazes Nem bem Nem mal Se quiser Eu iria Como não queres Fico Eu onde Estou De verdade Também Não sei Ir-se-ia Se tu chamasses Meu nome Nem bem Nem mal Mesmo Que eu queira Morrer Em teus braços Não me prendo A ti Pássaro Sem asas Que adiantaria Sofrer Se até o sofrimento merece razão
Não diz Que sim Nem que Não Faz-me de bobo Na sua mão Fica Nas entrelinhas Nas meias Palavras Para que eu Interprete Errado E depois Perca-me No pecado Não me chama Nem me manda Embora Me quer Por perto Rondando Lobo Uivando Esperando Ou é isso Ou não Tô Entendendo nada
Não quero Seu amor Não quero Seu perdão Não quero Seu corpo Seus beijos Seus carinhos Sua demência Não quero Nada de você Não quero Seus dias E suas noites Nuas Não quero Seu sorriso E suas desventuras Não quero Seu perdão Nem sua piedade Nem sua dó De mim Não quero Seu peso Suas marcas Suas lágrimas Não quero Nada seu
Na poeira Do mundo Escondi Os vestígios Das minhas lágrimas Na poeira Do mundo Deixei Que os ventos Levassem O que restou De mim E deixei Que ficasse No pó Acumulado O resto Do maldito Amor Não sai Da vista Que não sai Dos olhos Que não sai Do coração Que está sempre Na poeira Imunda Do mundo
Poderia Enlouquecer Ainda Mais Quando Vi À noite Se despindo Para mim Poderia Ficar Ainda Mais alucinado Imaginando O telefone Tocando Na madrugada Em que nada Mais Havia Nem esperança Poderia Viver Nessa paranóia De te querer Sem querer De te Amar Sem amor
Sei onde Morro Onde renasço Onde me Escondo Onde me Acho Sei Onde há Dor Em mim Sei Onde curar A dor Que há em mim Meu abismo Meu abrigo Sei Para onde Fugir Sei Por onde escapar Conheço Meu silêncio E o que há Em meus pensamentos Meu abismo Meu abrigo Meu fundo de mim
Me beija Depois Me cospe Na boca Que beijou E salivou E fez querer Me beija Sempre Assim Como força Para machucar Meus lábios E fazer Sangrar Minha língua Para eu Não esquecer Teu beijo Me beija Depois Limpa A minha saliva E depois Ainda diz Por cima Que tudo foi engano Me beija Pra depois cuspir na boca que beijou
Já fui Doido Já fui maluco Beleza Bebia Fumava Curtia a natureza Andar Pelado Dentro De casa Nadar Na água fria Da cachoeira Era livre De tudo Andava por aí Vivendo A vida Fazendo amigos Vivendo Sem medo O amor que existia em mim Já fui Doido Já fui Maluco beleza Já fui de verdade A minha mentira de hoje
Não te quero Mal nenhum Já nem Sei Se te quero Bem Ou se quero Apenas Minha Não te quero Amanhã Feito Sombra E não te quero Hoje Com culpa Te quero Sempre Como sempre Te quis Te quero bem Não te quero mal Mal nenhum E que fique Como sempre Esteve Intacto Em mim Insensato em ti
Esse Mal de amor Que não tem cura Esse Mal de amor Que sempre Me busca E me tortura Devagar A alma Esse mal De amor Que não passa Esse Mal de amor Que não Sara E me corroi Como ácido E me deixa Aberto Para as hienas Do meu destino Esse mal De amor Me consome Vá eu Para onde for
Mais uma vez Fiz O que não poderia Ter feito Mais Uma vez Cai Na desgraça Dos meus pensamentos E cedi Aos impulsos Proibidos Mais Uma vez Chorei Sozinho A dor Que eu provoco Em mim Mais uma vez Dei minha Cara Para o destino Esmurrá-la Mais uma vez Me senti Sozinho Como nos velhos Tempos de solidão
Essa luz Essa luz Da madrugada Não me cega Mais Meu olhos Doentes Já não Sentem Mais A dor Da solidão Que vejo Essa luz Essa luz Da madrugada Não assusta Mais meus medos Já Não tenho Medo Das sombras Desses Corpos Nu Jogados A sorte Sob A luz da madrugada
A lua Está cheia De mim Das minhas Incongruências Dos meus Sonhos Irreais A lua Está Cheia Das minhas Babaquices Dos meus Pensamentos Sem sentido A lua Está Cheia dos Meus martírios Não suporta mais Me carregar Nas costas Não suporta mais Minha embriaguez A lua Cheia Se apagou Se escondeu de mim
Escuto Meu silêncio Percebo Minha hora Deserta E o coração Em desatino E dor Dilacerando Minha vida Escuto Meu silêncio Minha hora Deserta Já Não mais em Mim Sorrisos Já não mais Em mim Vontade De voltar Caminho No meu sertão Pés nos chão Em minha Hora sempre deserta Nessa sempre minha solidão
Essas mulheres Essas putas Nas esquinas Girassóis Da noite Que já não encanta Mais Nem seduz Mulheres De corpos Nus De seios Tortos De boca Azedas Mortas Essas mulheres Jogadas Ao relento Essas putas Vestidas De nada Girassóis Da noite Da noite Exposta como Carne exposta Aos vermes Aos comedores de carniça
Minha canoa É furada Eu não embarco Nessa onda Eu não sei Nadar Nem flutuar Nesse espaço De águas Salgadas Minha canoa Vive A deriva Sem cais Sem porto Sem vela Eu não embarco Nessa onda Não quero Mais Nada Quero ficar No meu mar A deriva Na minha canoa Furada Na minha vida Na minha triste vida De tantas alegrias contidas
Esse mundo Que eu vivo É diferente É distante É consoante Não é plural Só Tem um verbo Só tem Um tempo Um olhar Um céu E uma estrela Esse mundo Que eu vivo É de flores Não tem anos Não tem horas Nem espaço Certo É feito de noites Que não terminam E dias Que nunca vem Esse mundo Que eu vivo É feito Só de mim E de minhas loucuras
Essa noite Não Será Diferente De todas As noites Não De noites As noites Que sonhei Em vão De todas As noites Que não tive Ninguém Noites não Solitárias Em que me consumi E me consumo Noites Não Sem lembranças Essa é mais Uma noite Não Como todas As outras Que não serão Noites sim, noites não
Essa noite Quero Ficar bêbado E falar O que sempre Calei Essa noite Que ficar Nu De frente Para o espelho E rir Da minha desgraça Essa noite Quero Ficar sozinho Escutando Apenas O silêncio Da minha vida Essa noite Quero chorar Toda minha dor Até que não reste Nada Até que não sobre Nada de mim Essa noite Noite sem fim
Me fere Sempre Me lança Dardos Farpas Sempre Me faz em pedaços Fico Jogado Na rua Despedaçado Feito Bêbado Sem rumo Esfinge de estilhaços Passa Por mim E não finges Não me ver Me fere Com teu olhar Gelado Não me dizes Nada Que possa me fazer Renascer Esfinge de estilhaços Dona do meu ser Me fere sempre, me mata
Por que Não assume Que me quer Por que Fica ai Bancando A difícil Em cima Do muro Por que não vem E me rasga A roupa Por que Não vem E me cala a boca Com teu beijo Cheio De veneno É tudo pose Teu silêncio Tua distância É na verdade Medo Da verdade De dizer O que sente Por que não Assume de vez O que sente
E o vento Levou De mim Teu nome Tua história E apagou Minha memória E o vento Levou Tuas folhas Rabiscadas Teus versos Teu perfume E não deixou Que ficasse Nada em seu Lugar Nada substituiria Tua presença E tuas Palavras Ainda que calada E o vento Levou De vez Tudo de ti De mim Nada ficou Só o vento restou
Que me importa O que já Vivi Vivi demais Tantos desamores Desencontros Mortes Que me importa O que ainda Hei de viver A vida Sempre Me foi doce E sempre Me será Porque não Quero Nada mais Do que ela Me dá Porque não peço Mais Nada do que mereço Que me importa Meu ontem Ou meu amanhã A vida Me é doce Hoje
Do amor Virei Escravo Já Não sei Mais viver Sem senti-lo Já Não sei Mais Encontrar-me Sem Teus passos Fiz Do amor Meu escudo Minha arma Minha casa Meu segredo Fiz De tudo Para que ele Não se perdesse E nem eu Sem ele Sentisse-me perdido Do amor Virei Esboço
Fico Na corda Bamba Querendo Te encontrar Sem poder Querendo Te ver Sem te encontrar Não se te Esqueço Ou grito Por aí Teu nome Para que o mundo Inteiro Saiba Fico entre O sim E o não Entre o ódio E o amor Fico Entre ir E parar de vez E tu Sempre No meio Do meu caminho
És a Deusa Do amor Do amor Que sinto Talvez Não sejas Nada disso Mulher Comum Fantasiada De desejo És a A deusa A deusa Inconfessa Dos meus sonhos És Quem em faz Suspirar Ainda que vivo És Ainda quem Faz-me viver Depois de morto És a mulher Fantasiada De amor E eu de louco sonhador
Depois das duas Quando O sono Chega forte E não consigo Mais pensar Em nada Ainda Penso Em você Depois Que durmo Depois das duas O que sonho E não sonhar Mais você Porque sempre Choro Porque sempre Acordo Assustado Cheio de uma saudade Que rasga Meu coração Depois das duas Lá pelas tantas Da manhã Ainda perambulo Em busca de paz
Vou te deixar Não vou mais Te procurar Vou sofrer Eu sei Vou Fazer das tripas Coração Vou me doar Para outra dor Vou sofrer Por um Outro motivo Vou te deixar Em paz Não vou Mais Me iludir Nem mais Confundir Sentimentos Nem jogar Meus sentimentos Fora Vou te deixar Vou fazer Das tripas coração E de você Saudade apenas
[i]Senhor meu Deus Sabes tudo de mim O que sinto O que penso E sabes que não tenho Força para lutar Sozinho Preciso da tua ajuda Para me livrar Dessa dor Para me livrar Deste amor injusto Ajude-me A superar como sempre Superei Não posso fazer Sofrer Quem está do Meu lado Então meu Deus Que sofra eu Calado Faz-me forte Faz com que eu resista...
Lobos Não gostam Lobos Na amam Lobos Anda só São Da noite São do dia Lobos Não enfeitam Não latem Uivam Certezas Lobos São homens Mulheres São anjos Vestem-se Da noite Bebem Do sangue A água fresca Lobos Não se iludem Não se espantam Não se encantam Matam Morrem