14 de abr. de 2017

AUSENTE

ando
ausente

ausente
de tudo
de todos

ausente de mim
a poesia
que clamavas sopros
e palavras
está
adormecida

existem
calabouços
em mim
e ali
perpetuado
agora estou

vivo
ou não
sei lá
o que se passa
ou não passa

apenas estou
vivendo
minha inércia

ando
ausente
do amor que sempre
me remexeu
me revirou

agora sei
que depois
de um tempo
o amor
acalma
nossa própria necessidade
de amar

ando ausente