querem
me prender
me fazer robo
querem
tirar minha vida
meus sentimentos
querem
exorcizar
querem
me fazer
escravo
das palavras
prontas
querem
me redefinir
querem
que eu mate
minha natureza
querem
um carinho
frio
um amor
distante
querem
que eu aceite
sem perguntar
que faça
querem
meu sangue
minha liberdade
querem
proibir
meu direito
de dizer não
29 de jun. de 2011
TEMPO
ontem
esqueci
de viver
quem sabe
hoje
me sobre tempo
ontem
esqueci
de sorrir
de sentir
de me entregar
um pouco
mais
a quem amo
ontem
esqueci
de respirar
de agradecer
e andei
olhando
tudo e não vendo nada
ouvi
tudo
e não escutei nada
ontem
me faltou
tempo
para abraçar
minha filha
beijar
minha neta
e fazer um dengo
no meu amor
quem sabe
hoje
me sobre
um tempo
para dizer
o que eu não disse
para olhar
o que eu não vi
quem sabe
me sobre mais
tempo
para escrever
poesias
ontemesqueci
de viver
quem sabe
hoje
me sobre tempo
ontem
esqueci
de sorrir
de sentir
de me entregar
um pouco
mais
a quem amo
ontem
esqueci
de respirar
de agradecer
e andei
olhando
tudo e não vendo nada
ouvi
tudo
e não escutei nada
ontem
me faltou
tempo
para abraçar
minha filha
beijar
minha neta
e fazer um dengo
no meu amor
quem sabe
hoje
me sobre
um tempo
para dizer
o que eu não disse
para olhar
o que eu não vi
quem sabe
me sobre mais
tempo
para escrever
poesias
não tive
tempo
para nada
27 de jun. de 2011
QUE AMOR É ESSE
MEDO
DEVAGAR
devagar
volto
a caminhar
os passos
ainda
estão pesados
as mãos
ainda
ardem
o coração
ainda dói
devagar
volto
a viver
a minha velha
euforia
de sempre
ainda
existem
razões
e muitos motivos
não posso
ficar
parado
nunca fiquei
nunca deixei
dor
alguma
me machucar demais
devagar
volto
a respirar
depois
de terem
rasgado
meu coração
depois
de tudo
devagar
volto
a enxergar
volto
a caminhar
os passos
ainda
estão pesados
as mãos
ainda
ardem
o coração
ainda dói
devagar
volto
a viver
a minha velha
euforia
de sempre
ainda
existem
razões
e muitos motivos
não posso
ficar
parado
nunca fiquei
nunca deixei
dor
alguma
me machucar demais
devagar
volto
a respirar
depois
de terem
rasgado
meu coração
depois
de tudo
devagar
volto
a enxergar
15 de jun. de 2011
MENTIROSA
és mentirosa
enganas
a ti
neste teu mundo
cor de rosa
vives
das mentiras
que inventa
e nem percebes
que machucas
outros
não percebe
que fazes
chorar
quem de verdade
gostas de ti
sem querer
nada
só teu amor
e um pouco só
da tua atenção
mentes
e não vês
a dor
que causa
nesta tua indiferença
és mentirosa
fria
distante
de ti
e da tua verdadeira
realidade
enganas
a ti
neste teu mundo
cor de rosa
vives
das mentiras
que inventa
e nem percebes
que machucas
outros
não percebe
que fazes
chorar
quem de verdade
gostas de ti
sem querer
nada
só teu amor
e um pouco só
da tua atenção
mentes
e não vês
a dor
que causa
nesta tua indiferença
és mentirosa
fria
distante
de ti
e da tua verdadeira
realidade
DESCOBRI
acreditei
no teu sorriso
nas tuas
palavras
acreditei
no teu amor
de encantos
e promessas
acreditei
no calor
do teu abraço
que nem
vi
o vazio
que havia
em seus olhos
acreditei
em tudo
sem perguntar
nada
de onde vinha
o que queria
acreditei
que seria
bom para meu coração
cansado
e descobri
depois de tudo
que eras
sem dúvida
o maior
engano
o pior
de todos os erros
no teu sorriso
nas tuas
palavras
acreditei
no teu amor
de encantos
e promessas
acreditei
no calor
do teu abraço
que nem
vi
o vazio
que havia
em seus olhos
acreditei
em tudo
sem perguntar
nada
de onde vinha
o que queria
acreditei
que seria
bom para meu coração
cansado
e descobri
depois de tudo
que eras
sem dúvida
o maior
engano
o pior
de todos os erros
VOCÊ DE MIM
3 de jun. de 2011
DEUS
eu sei
que não
mas às vezes
parece
que Deus
esquece
de mim
sei
que são muitos
filhos
iguais
a mim
pedindo
sempre
o mesmo
milagre
da vida
querendo
como
eu
um dia de sol
um sol
somente
meu
eu sei
que não
mas às vezes
tenho
a impressão
que Deus
fecha os olhos
eu fecharia
se fosse
Deus
e tamparia
os ouvidos
para tantos
absurdos
eu sei
que não posso
mas se eu fosse
Deus
se eu pudesse tudo
juro
que como Deus
não saberia
o que fazer...
que não
mas às vezes
parece
que Deus
esquece
de mim
sei
que são muitos
filhos
iguais
a mim
pedindo
sempre
o mesmo
milagre
da vida
querendo
como
eu
um dia de sol
um sol
somente
meu
eu sei
que não
mas às vezes
tenho
a impressão
que Deus
fecha os olhos
eu fecharia
se fosse
Deus
e tamparia
os ouvidos
para tantos
absurdos
eu sei
que não posso
mas se eu fosse
Deus
se eu pudesse tudo
juro
que como Deus
não saberia
o que fazer...
NÃO RECLAMO
não reclamo
se chove
se há sol
se há vento
neblina
tempestade
tormentas
não reclamo
se o céu
está
negro
se está azul
ou se simplesmente
não está
não quero
saber
de flores
em vasos
flores
morrem
e sujam
o chão
por onde passo
não quero
saber
do canto
dos pássaros
não entendo
o que eles
cantam
nem o que querem
dizer
não reclamo
de um problema
que não
é meu
não vivo
uma vida
que não
é minha
sei o que há
em mim
e o peso
que suportam
meus braços
sei quanta dor
posso suportar
e quantas cicatrizes
há
em meu peito
eu sei
ninguém mais
se chove
se há sol
se há vento
neblina
tempestade
tormentas
não reclamo
se o céu
está
negro
se está azul
ou se simplesmente
não está
não quero
saber
de flores
em vasos
flores
morrem
e sujam
o chão
por onde passo
não quero
saber
do canto
dos pássaros
não entendo
o que eles
cantam
nem o que querem
dizer
não reclamo
de um problema
que não
é meu
não vivo
uma vida
que não
é minha
sei o que há
em mim
e o peso
que suportam
meus braços
sei quanta dor
posso suportar
e quantas cicatrizes
há
em meu peito
eu sei
ninguém mais
DE ONDE VIESTES
vim
de onde
viestes
tu
vim
da mesma
rua
fétida
do mesmo
buraco
cheio
de merda
vivi
a mesma
vida
que a tua
amei
como
me ensinastes
a amar
aprendi
a não amar
ninguém
aprendi
a não confiar
em ninguém
escrevo
o que me ensinastes
a escrever
não curo
as feridas
deixo-as
expostas
ao vermes
que me devorem
por inteiro
vim
do mesmo
escuro
que viestes
somos
filhos
do mesmo pai
e nossa
mãe
a vida
vim
de onde
viestes
tu
do mesmo inferno
comendo
o mesmo
pão
de onde
viestes
tu
vim
da mesma
rua
fétida
do mesmo
buraco
cheio
de merda
vivi
a mesma
vida
que a tua
amei
como
me ensinastes
a amar
aprendi
a não amar
ninguém
aprendi
a não confiar
em ninguém
escrevo
o que me ensinastes
a escrever
não curo
as feridas
deixo-as
expostas
ao vermes
que me devorem
por inteiro
vim
do mesmo
escuro
que viestes
somos
filhos
do mesmo pai
e nossa
mãe
a vida
vim
de onde
viestes
tu
do mesmo inferno
comendo
o mesmo
pão
COMO ESTÁ
eu quero
agora
e deixar
que tudo
fique
como está
meu carro
parado
sem conserto
meu tênis
gasto
com meus passos
minha conta
corrente
zerada
minha geladeira
brastemp
vazia
até
os ovos
acabaram
eu quero
agora
que tudo
fique
como está
os lençois
encardidos
as roupas
sujas
jogadas
no chão
o mofo
na parede
a pintura
descancando
a porta
quebradas
copos
quebrados
pratos
espelho
chuveiro
que não esquenta
eu quero
que tudo
fique
a sim
a esmo
e que principalmente
que esqueçam
de mim
agora
e deixar
que tudo
fique
como está
meu carro
parado
sem conserto
meu tênis
gasto
com meus passos
minha conta
corrente
zerada
minha geladeira
brastemp
vazia
até
os ovos
acabaram
eu quero
agora
que tudo
fique
como está
os lençois
encardidos
as roupas
sujas
jogadas
no chão
o mofo
na parede
a pintura
descancando
a porta
quebradas
copos
quebrados
pratos
espelho
chuveiro
que não esquenta
eu quero
que tudo
fique
a sim
a esmo
e que principalmente
que esqueçam
de mim
ERROS
ESTE TUDO
Este
vazio
que em mim
não passa
este
dor
latente
que em mim
não passa
este gosto
amargo
em minha boca
persiste
este
vendo
de perfumes
que conheço
não cessam
este
amor
estupido
não acaba
esta paixão
imbecil
me mata
estas
cartas
mal escritas
não me
deixam esquecer
estes
sustos
destas noites
tão malditas
ainda me assombram
este
eco
de tudo que
eu disse
depois
de tanto
tempo
ainda chegam
até meus ouvidos
vazio
que em mim
não passa
este
dor
latente
que em mim
não passa
este gosto
amargo
em minha boca
persiste
este
vendo
de perfumes
que conheço
não cessam
este
amor
estupido
não acaba
esta paixão
imbecil
me mata
estas
cartas
mal escritas
não me
deixam esquecer
estes
sustos
destas noites
tão malditas
ainda me assombram
este
eco
de tudo que
eu disse
depois
de tanto
tempo
ainda chegam
até meus ouvidos
DEFICIENTES
nossos
sentidos
estão mortos
nossos
olhos
não vêem
nada
nossa
boca
maldita
só
pronuncia
bobagens
o toque
virou
produto
esta
a venda
em garotos
de programas
e prostitutas
nosso paladar
é puro
fel
nossos ouvidos
apenas
as lastimas
de tudo
o que a geração
passada
deixou
nada
somos deficientes
e ainda
apontamos
os dedos
sujos
e ainda
falamos
numa justiça
que nunca
existiu
ainda
exigimos
o respeito
que nunca
tivemos
sentidos
estão mortos
nossos
olhos
não vêem
nada
nossa
boca
maldita
só
pronuncia
bobagens
o toque
virou
produto
esta
a venda
em garotos
de programas
e prostitutas
nosso paladar
é puro
fel
nossos ouvidos
apenas
as lastimas
de tudo
o que a geração
passada
deixou
nada
somos deficientes
e ainda
apontamos
os dedos
sujos
e ainda
falamos
numa justiça
que nunca
existiu
ainda
exigimos
o respeito
que nunca
tivemos
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