essa tristeza que
não me larga
essa tristeza
que não me abandona
essa tristeza
que domina
minha alma
meus dias
meus instantes
de alegria
essa tristeza
que me dói
que me corrói
essa tristeza
que não me deixa
ver o sol
lá fora de mim
essa tristeza
que me machuca
essa dor
que não passa
não sara
não tem cura
sinto
que às vezes
não há saída
essa tristeza
faz o que bem entender
de mim
do meu coração
do meu eu
29 de ago. de 2011
24 de ago. de 2011
O QUE DESEJO
o que desejo
é que descubra
teu caminho
que descubra
tua fé
que descubra
tuas verdades
o que desejo
é que vômito
não te mate
engasgada
e que as palavras
não queimem
tua língua
o que desejo
é que descubra
teu céu
e saia
deste teu inferno
de tantas
possibilidades
o que desejo
é que pare
de inventar
mentiras
e aceite
sua vida
de sonhos
e assuma
suas verdades
seus erros
e veja o que faz
e sinta
por tudo o que fez
e falou
é que descubra
teu caminho
que descubra
tua fé
que descubra
tuas verdades
o que desejo
é que vômito
não te mate
engasgada
e que as palavras
não queimem
tua língua
o que desejo
é que descubra
teu céu
e saia
deste teu inferno
de tantas
possibilidades
o que desejo
é que pare
de inventar
mentiras
e aceite
sua vida
de sonhos
e assuma
suas verdades
seus erros
e veja o que faz
e sinta
por tudo o que fez
e falou
NADA MAIS RESTA DE TI
TEU AMOR
teu amor
foi a maior
mentira
foi amor
sem sabor
sem calor
sem nada
daquilo
que eu queria
teu amor
foi fiasco
foi asco
sentimento morto
teu amor
não deixou
nada
nenhuma marca
depois
descobri
que não sabes
de verdade
o que é amor
descobri
morres
de dor
e solidão
descobri
que nada posso
fazer
para te tirar
deste teu abismo
o que posso
fazer
é rezar por
ti
segurar tuas
mãos
e soltar-te
em teu próprio
precipício
de lamúrias...
foi a maior
mentira
foi amor
sem sabor
sem calor
sem nada
daquilo
que eu queria
teu amor
foi fiasco
foi asco
sentimento morto
teu amor
não deixou
nada
nenhuma marca
depois
descobri
que não sabes
de verdade
o que é amor
descobri
morres
de dor
e solidão
descobri
que nada posso
fazer
para te tirar
deste teu abismo
o que posso
fazer
é rezar por
ti
segurar tuas
mãos
e soltar-te
em teu próprio
precipício
de lamúrias...
AMOR SÓ UM
de todos
os amores
que pensei
ter amado
só um amor
foi
amor de verdade
só um amor
me aceitou
assim
numa folha
de rascunho
e contornou
meus traços
e me desenhou
e me ajudou
a escrever a história
do meu eu
amor só um
entre
tantos
amores
entre tantas
palavras
vazias
nenhum amor
é igual a amor algum
nenhum
sentimento
brilha
mais que o amor
de verdade
amor só um
o que não morre
o que fica
na janela esperando
o amor voltar
os amores
que pensei
ter amado
só um amor
foi
amor de verdade
só um amor
me aceitou
assim
numa folha
de rascunho
e contornou
meus traços
e me desenhou
e me ajudou
a escrever a história
do meu eu
amor só um
entre
tantos
amores
entre tantas
palavras
vazias
nenhum amor
é igual a amor algum
nenhum
sentimento
brilha
mais que o amor
de verdade
amor só um
o que não morre
o que fica
na janela esperando
o amor voltar
SAUDADES
Quando
não houver
nada para dizer
ou não souber
o que dizer
diga
apenas
saudades
como se a saudades
dissesse tudo
resolvesse tudo
simplificasse tudo
na verdade
saudades
não diz nada
não substitui
uma palavra se quer
saudades
é a exata ausência
do que dizer
saudades
é a ausência
de sentimentos
é a ausência
da dor
é mais bastarda
de toda e qualquer
explicação
e ainda
há quem morra
de saudades
e a ainda
há quem acredite
nesta falta de amor
não houver
nada para dizer
ou não souber
o que dizer
diga
apenas
saudades
como se a saudades
dissesse tudo
resolvesse tudo
simplificasse tudo
na verdade
saudades
não diz nada
não substitui
uma palavra se quer
saudades
é a exata ausência
do que dizer
saudades
é a ausência
de sentimentos
é a ausência
da dor
é mais bastarda
de toda e qualquer
explicação
e ainda
há quem morra
de saudades
e a ainda
há quem acredite
nesta falta de amor
SEM VOCÊ
sem você
vivo em paz
mais feliz
despreocupado
com o
que vou dizer
com o que vou
sentir
eu sorriu mais
me dou mais
estou leve
sem você
meus dias
são mais
claros
minhas noites
mais tranquilas
às vezes
nem sonhar
eu sonho
sem você não
discussões
nem arranhões
e não me xingam
nem me ameaçam
nem cobram
de mim
nada que eu não
queira
dar
sem você
sou mais feliz
e melhor
é que devagar
vou esquecendo
sua imagem
logo
você mais
um nome apenas
como tantos outros
vivo em paz
mais feliz
despreocupado
com o
que vou dizer
com o que vou
sentir
eu sorriu mais
me dou mais
estou leve
sem você
meus dias
são mais
claros
minhas noites
mais tranquilas
às vezes
nem sonhar
eu sonho
sem você não
discussões
nem arranhões
e não me xingam
nem me ameaçam
nem cobram
de mim
nada que eu não
queira
dar
sem você
sou mais feliz
e melhor
é que devagar
vou esquecendo
sua imagem
logo
você mais
um nome apenas
como tantos outros
22 de ago. de 2011
SE UM DIA
se um dia
eu te amei
é porque de verdade
não sabia
que tu eras
e nem quanta
maldade
havia
dentro de ti
se um dia
eu menti
é porque tentava
ver em ti
uma beleza
que não existia
se um dia
todas
as palavras
machucaram
é porque
nunca soubemos
o que dizer
na verdade
de nós
seu um dia
eu te amei
de todos os amores
este com certeza
foi o pior
de todos
eu te amei
é porque de verdade
não sabia
que tu eras
e nem quanta
maldade
havia
dentro de ti
se um dia
eu menti
é porque tentava
ver em ti
uma beleza
que não existia
se um dia
todas
as palavras
machucaram
é porque
nunca soubemos
o que dizer
na verdade
de nós
seu um dia
eu te amei
de todos os amores
este com certeza
foi o pior
de todos
AS MENTIRAS QUE CARREGAMOS
derrepente
nossas verdades
estão partindo
derrepente
percebemos
nossas mentiras
rasgadas
e jogadas
e no lixo
derrepente
entendemos
que nossa
vida
não é mais
uma só
que nos dividimos
nos perdemos
nos afastamos
somos neste ninho
dois estranhos
e as mentiras
que carregamos
pesaram
e nossas mãos
cansadas
de nossas mãos
se perderam
nossos olhos
já não se viam mais
e o que sentimos
enfim
morreu
e nossas verdades
agora
de malas prontas
nossas verdades
estão partindo
derrepente
percebemos
nossas mentiras
rasgadas
e jogadas
e no lixo
derrepente
entendemos
que nossa
vida
não é mais
uma só
que nos dividimos
nos perdemos
nos afastamos
somos neste ninho
dois estranhos
e as mentiras
que carregamos
pesaram
e nossas mãos
cansadas
de nossas mãos
se perderam
nossos olhos
já não se viam mais
e o que sentimos
enfim
morreu
e nossas verdades
agora
de malas prontas
ATÉ ONTEM
até
ontem
eu precisava
de ti
sentia
tua falta
te buscava
ainda em mim
hoje
descobri
que posso
andar sozinho
descobri
um novo eu
depois de ti
já não preciso
te esperar mais
não preciso mais
que me escrevas
nem preciso mais
chorar
tua ausência
agora
definitiva
ainda dói
a solidão
e a cama vazia
eu sei
até ontem
eu morria
hoje
já não morro mais
por ti
ontem
eu precisava
de ti
sentia
tua falta
te buscava
ainda em mim
hoje
descobri
que posso
andar sozinho
descobri
um novo eu
depois de ti
já não preciso
te esperar mais
não preciso mais
que me escrevas
nem preciso mais
chorar
tua ausência
agora
definitiva
ainda dói
a solidão
e a cama vazia
eu sei
até ontem
eu morria
hoje
já não morro mais
por ti
17 de ago. de 2011
DIFERENTES
não temos
nada em comum
és
a água
eu o óleo
és o fogo
eu o vento
somos
diferentes
és a luz
eu a escuridão
a noite
a madrugada
fria
os pés descalços
na calçada
suja
não temos nada
mais
e nunca tivemos
algo em comum
apenas nossas mentiras
apenas nossos desejos
e hoje nada
mais
somos diferentes
em tudo
na maneira
de ver a vida
na maneira de sentir
de querer
de entender
quando é hora de parar
somos diferentes
e não temos
nada
em comum
apenas um caminho
que se cruzou
e nada mais
nada em comum
és
a água
eu o óleo
és o fogo
eu o vento
somos
diferentes
és a luz
eu a escuridão
a noite
a madrugada
fria
os pés descalços
na calçada
suja
não temos nada
mais
e nunca tivemos
algo em comum
apenas nossas mentiras
apenas nossos desejos
e hoje nada
mais
somos diferentes
em tudo
na maneira
de ver a vida
na maneira de sentir
de querer
de entender
quando é hora de parar
somos diferentes
e não temos
nada
em comum
apenas um caminho
que se cruzou
e nada mais
O COMEÇO DO FIM
15 de ago. de 2011
APENAS CANSADO
estou
cansado
apenas
procurando
uma varanda
com uma rede
plantas
flores
árvores
e beija-flores
estou
cansado
desse barulho
que não escuto
cansado
dessas vozes
que me atormentam
estou
apenas
cansado
de tudo
disso tudo
de mim
das mediocridades
dos pensamentos vazios
do amor vazio
da vida
vazia
estou
apenas cansado
dessa minha vida
de ouvir
apenas coisas
que me machucam
cansado
apenas
procurando
uma varanda
com uma rede
plantas
flores
árvores
e beija-flores
estou
cansado
desse barulho
que não escuto
cansado
dessas vozes
que me atormentam
estou
apenas
cansado
de tudo
disso tudo
de mim
das mediocridades
dos pensamentos vazios
do amor vazio
da vida
vazia
estou
apenas cansado
dessa minha vida
de ouvir
apenas coisas
que me machucam
AINDA
tuas
palavras
ainda
ecoam
sei
que um dia
deixaram
de ecoar
saberei
enfim
que se foi
de vez
e nada de ti
ficastes
em mim
ainda
dói
as feridas
abertas
os vermes
malditos
da tua boca
ainda me comem
ainda tenho
as feridas
expostas
ainda
sangro
o pouco sangue
que restou
em meu corpo
e aos poucos
morro
e morrendo
eu
não haverá em mim
nada de ti
palavras
ainda
ecoam
sei
que um dia
deixaram
de ecoar
saberei
enfim
que se foi
de vez
e nada de ti
ficastes
em mim
ainda
dói
as feridas
abertas
os vermes
malditos
da tua boca
ainda me comem
ainda tenho
as feridas
expostas
ainda
sangro
o pouco sangue
que restou
em meu corpo
e aos poucos
morro
e morrendo
eu
não haverá em mim
nada de ti
NÃO MAIS EM MIM
ando
livre
sem o fardo
pesado
das tuas
palavras
não mais
em mim
nada do que disse
fiz terapia
arranhei
minha pele
deixei
trancando
meu coração
deixei
de lado
toda a emoção
ouvi enfim
a razão
nada mais
não mais
em mim
ando mais feliz
sem ter que falar
de mim
sem ter que dizer
porque e para onde
posso andar
sem direção
não mais
em mim
nada que eu não queira
livre
sem o fardo
pesado
das tuas
palavras
não mais
em mim
nada do que disse
fiz terapia
arranhei
minha pele
deixei
trancando
meu coração
deixei
de lado
toda a emoção
ouvi enfim
a razão
nada mais
não mais
em mim
ando mais feliz
sem ter que falar
de mim
sem ter que dizer
porque e para onde
posso andar
sem direção
não mais
em mim
nada que eu não queira
A CADA DIA
me desfiz
de tudo
o que me deu
roupas
livros
telefone
joguei tudo fora
lavei
a casa com sal grosso
não há
mais
nada de você
queimei
o livro
que escrevi
e andei
por ai
relembrando
o que aos poucos
vou esquecendo
a cada dia
seu rosto
vai se desfazendo
aos poucos
tiro você
do pensamento
a cada dia
respiro mais
aliviado
como vício
um dia de cada vez
e hoje
mais um passo
em casa
já não tenho mais
nada que me lembre você
um dia de
cada vez
de tudo
o que me deu
roupas
livros
telefone
joguei tudo fora
lavei
a casa com sal grosso
não há
mais
nada de você
queimei
o livro
que escrevi
e andei
por ai
relembrando
o que aos poucos
vou esquecendo
a cada dia
seu rosto
vai se desfazendo
aos poucos
tiro você
do pensamento
a cada dia
respiro mais
aliviado
como vício
um dia de cada vez
e hoje
mais um passo
em casa
já não tenho mais
nada que me lembre você
um dia de
cada vez
14 de ago. de 2011
ESTE SILÊNCIO
SOZINHO
AMANHÃ
amanhã
eu não serei
mais
o mesmo
me vestirei
de novo
de silêncio
ficarei
novamente
com os olhos
fechados
para que tudo
o que via
amanhã
não haverá
mais porque
mais nenhuma razão
amanhã
deixarei
as brincadeiras
de lado
ficarei
somente com os olhares
deixarei
que o silêncio
fale por mim
não quero mais
ser quem eu fui
não quero mais
que falem de mim
não quero mais
falar de ninguém
amanhã
será diferente
NUVENS
nuvens
vão
deixando
meu céu
logo meu sol
volta a brilha
logo meu vento
volta a soprar
nuvens
vão
deixando
meu céu
depois
de tempo
demais
depois
de terem apagado
tudo
nuvens
deixaram
escuros
os meus caminhos
cegaram
meus olhos
e meu coração
já não sabia
quem era eu
nuvens
foram embora
agora
sei
o sol vai de novo sorrir
o vento
vai de novo soprar
vão
deixando
meu céu
logo meu sol
volta a brilha
logo meu vento
volta a soprar
nuvens
vão
deixando
meu céu
depois
de tempo
demais
depois
de terem apagado
tudo
nuvens
deixaram
escuros
os meus caminhos
cegaram
meus olhos
e meu coração
já não sabia
quem era eu
nuvens
foram embora
agora
sei
o sol vai de novo sorrir
o vento
vai de novo soprar
ESSA TAL FELICIDADE
essa tal
felicidade
não está
longe
dos olhos
está alí
ao alcance
das mãos
e ninguém vê
e ninguém sente
e pouco
gente
assume
que é feliz
a tristeza
é fácil
de ser sentida
e mais
doída
demora a passar
tristeza
cria
raiz
não incomoda
ninguém
como essa tal
felicidade
que planta
o sorriso
que vem e passa
faz graça
e vai embora
sem dizer
adeus
nem dizer
quando volta
e se volta
essa tal felidade
é assim
diferente
da tristeza
é ingrata
13 de ago. de 2011
TODAS AS VOZES
As vozes
Todas
As vozes
Que ouço
Em minhas
Noites
De solidão
São as almas
Que me percebem
São as almas
Que querem
Um pouco
Da minha luz
As vozes
Todas
As vozes
Que escuto
Nos momentos
De solidão
São as vozes
Que gritam
Pela madrugada
Sem os ecos
São vozes
Das almas
Desencarnadas
Em busca
De paz
Já não durmo
Já não sei mais
Onde brilha o sol
Todas
As vozes
Que ouço
Em minhas
Noites
De solidão
São as almas
Que me percebem
São as almas
Que querem
Um pouco
Da minha luz
As vozes
Todas
As vozes
Que escuto
Nos momentos
De solidão
São as vozes
Que gritam
Pela madrugada
Sem os ecos
São vozes
Das almas
Desencarnadas
Em busca
De paz
Já não durmo
Já não sei mais
Onde brilha o sol
NÃO QUERO MAIS
Não quero mais
Ter que gritar
Meus medos
Por ruas
Escuras
Não quero mais
Ter que viver
Minhas mentiras
E nem quero mais
Cultivar
Flores mortas
Em meu jardim
Não quero
Mais
A velha
Dor de sempre
Nem o gosto
Amargo
Na boca
De todos os dias
Não quero mais
Os vícios
E os velhos hábitos
De sempre
Tudo o que ficou
No ontem
Hoje deve ser diferente
Ter que gritar
Meus medos
Por ruas
Escuras
Não quero mais
Ter que viver
Minhas mentiras
E nem quero mais
Cultivar
Flores mortas
Em meu jardim
Não quero
Mais
A velha
Dor de sempre
Nem o gosto
Amargo
Na boca
De todos os dias
Não quero mais
Os vícios
E os velhos hábitos
De sempre
Tudo o que ficou
No ontem
Hoje deve ser diferente
12 de ago. de 2011
SOBREVIVO
sobrevivo
ainda
que despedaçado
aos instantes
de temporais
sobrevivo
ainda
a tudo
aquilo que foi
dito
mesmo
machucado
e ferido
deixo
a última gota
de sangue
escorrer
para fora de mim
deixo
o sangue
secar
para que nada sobre
sobrevivo
as tuas
incoerência
e esqueço cada dia
um pouco
de cada vez
que me deixei
levar
pelos demônios
que conheço bem
sobrevivo
todos os dias
vivendo
nos inferno de mim
mesmo
ainda
que despedaçado
aos instantes
de temporais
sobrevivo
ainda
a tudo
aquilo que foi
dito
mesmo
machucado
e ferido
deixo
a última gota
de sangue
escorrer
para fora de mim
deixo
o sangue
secar
para que nada sobre
sobrevivo
as tuas
incoerência
e esqueço cada dia
um pouco
de cada vez
que me deixei
levar
pelos demônios
que conheço bem
sobrevivo
todos os dias
vivendo
nos inferno de mim
mesmo
TODOS DIAS
te vejo
todos os dias
passando
por mim
fingindo
que não me vê
e eu
fingindo
pra ti
que também
não te vejo
todos
os dias
por um instante
viajo
nesses desejos
meus
de saber
mais de ti
e te falar
também de mim
me vêem
palavras
cheias de tudo
e me calo
como se não houvesse
nada a dizer
todos os
dias
eu paro
por um instante
para te olhar
todos os dias
passando
por mim
fingindo
que não me vê
e eu
fingindo
pra ti
que também
não te vejo
todos
os dias
por um instante
viajo
nesses desejos
meus
de saber
mais de ti
e te falar
também de mim
me vêem
palavras
cheias de tudo
e me calo
como se não houvesse
nada a dizer
todos os
dias
eu paro
por um instante
para te olhar
MEU LADO NEGRO
vou
mergulhar
no meu lado negro
vou
ficar
no escuro
de mim
preciso
entender
meu escuro
preciso
decifrar
o que há
neste inconsciente
tão vivo
e presente
vou
ficar quieto
por uns dias
não gritarei
nem soprarei
feito vento
ficarei
no meu mais
profundo silêncio
as vozes ecoaram
em mim
mergulharei
neste meu
submundo
neste
meu lado escuro
mergulhar
no meu lado negro
vou
ficar
no escuro
de mim
preciso
entender
meu escuro
preciso
decifrar
o que há
neste inconsciente
tão vivo
e presente
vou
ficar quieto
por uns dias
não gritarei
nem soprarei
feito vento
ficarei
no meu mais
profundo silêncio
as vozes ecoaram
em mim
mergulharei
neste meu
submundo
neste
meu lado escuro
O QUE HÁ EM VOCÊ
o que há
em você
que eu quero
o que há
em você
que me chama
a atenção
o que há
em você
que me prende
como imã
o que há
em mim
que não consigo
fugir
e sigo
seus passos
o que há
em você
me faz leve
me faz sonhar
me faz querer
um prazer
de instantes
o que há
em você
que me faz menino
me perco
em pensamentos
e viajo
neste inconsciente
de mim
e acho você
em meus sonhos
e posso
enfim
sonhar com você
em você
que eu quero
o que há
em você
que me chama
a atenção
o que há
em você
que me prende
como imã
o que há
em mim
que não consigo
fugir
e sigo
seus passos
o que há
em você
me faz leve
me faz sonhar
me faz querer
um prazer
de instantes
o que há
em você
que me faz menino
me perco
em pensamentos
e viajo
neste inconsciente
de mim
e acho você
em meus sonhos
e posso
enfim
sonhar com você
IMPOSSÍVEL RESISTIR
queria não te olhar
nem te notar
impossível resistir
percebo
de longe
tua presença
e admiro
a beleza
que há
às vezes
um sorriso
que ilumina
às vezes
a presença
perto
demais
não há para
onde fugir
tenho que não pensar
finjo
não perceber
e me chama
não olho
em seus olhos
joga os cabelos
espalha
teu graça
e enche meus olhos
com tua beleza
impossível resistir
queria não te olhar
nem te ver
nem te notar
impossível resistir
percebo
de longe
tua presença
e admiro
a beleza
que há
às vezes
um sorriso
que ilumina
às vezes
a presença
perto
demais
não há para
onde fugir
tenho que não pensar
finjo
não perceber
e me chama
não olho
em seus olhos
joga os cabelos
espalha
teu graça
e enche meus olhos
com tua beleza
impossível resistir
queria não te olhar
nem te ver
10 de ago. de 2011
NÃO FALO MAIS NADA
até que
esqueças
não direi mais
nada
escrevei
histórias
infantis
falarei sobre
pedras
montanhas
escreverei
sobre rios
e encostas
escreverei
sobre abismos
e precipícios
sobre a noite
e sobre
o dia
não falo mais
nada
só
digo
agora
palavras desconexas
sem sentido
vivo
agora
ainda
mais dentro
desse meu
mundo abstrado.
esqueças
não direi mais
nada
escrevei
histórias
infantis
falarei sobre
pedras
montanhas
escreverei
sobre rios
e encostas
escreverei
sobre abismos
e precipícios
sobre a noite
e sobre
o dia
não falo mais
nada
só
digo
agora
palavras desconexas
sem sentido
vivo
agora
ainda
mais dentro
desse meu
mundo abstrado.
CARTA DE ALFORRIA
não sou
teu
num fui
nunca serei
liberto
agora de tudo
que em você
me prendeu
comprei
minha carta
de alforria
não te devo
mais satisfação
do que faço
do que gosto
nem preciso mais
te falar
de quem amo
e quem
me faz gozar
instantes
de prazer
não sou
teu
nunca fui
e agora
enfim liberto
de tudo
livre das tuas chagas
do teu veneno
livre
sem correntes
e mais nada
teu
num fui
nunca serei
liberto
agora de tudo
que em você
me prendeu
comprei
minha carta
de alforria
não te devo
mais satisfação
do que faço
do que gosto
nem preciso mais
te falar
de quem amo
e quem
me faz gozar
instantes
de prazer
não sou
teu
nunca fui
e agora
enfim liberto
de tudo
livre das tuas chagas
do teu veneno
livre
sem correntes
e mais nada
CONVICÇÃO
esta
tua convicção
doentia
de achar
que tudo
é para você
de achar
que o mundo
se move ao seu redor
esta
tua convcção
doentia
não te deixar
ver todas
as verdades
escondidas
ficastes
para trás
largada
em teu próprio
abismo
cercada
de futilidades
que não me cabem
nem mais
me apetecem
esta tua
convicção
te cega
e te deixa
cada vez mais
sozinha
e te deixará
cada vez mais
até que perceba
que nada
mais é para você
nenhum gesto
nenhuma palavra
tua convicção
doentia
de achar
que tudo
é para você
de achar
que o mundo
se move ao seu redor
esta
tua convcção
doentia
não te deixar
ver todas
as verdades
escondidas
ficastes
para trás
largada
em teu próprio
abismo
cercada
de futilidades
que não me cabem
nem mais
me apetecem
esta tua
convicção
te cega
e te deixa
cada vez mais
sozinha
e te deixará
cada vez mais
até que perceba
que nada
mais é para você
nenhum gesto
nenhuma palavra
9 de ago. de 2011
VÉU
tira
esse véu
do teu corpo
deixa
teu seio nú
sem vergonha
tira
essa sua roupa
desbotada
essa calça
jeans
rasgada
tira
seu relógio
esquece
o tempo
se veste
inteira
de desejo
e vem sorrateira
menina
matreira
vem depressa
fazer das horas
festa
tira esse véu
deixa a saliva
escorrer da boca
seca
deita na cama
deixa o lado de fora
do outro lado
da porta
esse véu
do teu corpo
deixa
teu seio nú
sem vergonha
tira
essa sua roupa
desbotada
essa calça
jeans
rasgada
tira
seu relógio
esquece
o tempo
se veste
inteira
de desejo
e vem sorrateira
menina
matreira
vem depressa
fazer das horas
festa
tira esse véu
deixa a saliva
escorrer da boca
seca
deita na cama
deixa o lado de fora
do outro lado
da porta
SOU DA NOITE
sou da noite
como todos
os gatos
pardos
viro-lata
caço rato
mio
nos telhados
sou da noite
ando
na companhia
solitária
de mim
de minhas sombras
não deixo
rastros
por onde passo
becos
escuros
me atraem
frestas
de luz
pires
com leite
uma toalha velha
a lua
como teto
eu sou da noite
como todos
os gatos
também sou pardo
mio
me arrasto
não me vêem
também não vejo ninguém
como todos
os gatos
pardos
viro-lata
caço rato
mio
nos telhados
sou da noite
ando
na companhia
solitária
de mim
de minhas sombras
não deixo
rastros
por onde passo
becos
escuros
me atraem
frestas
de luz
pires
com leite
uma toalha velha
a lua
como teto
eu sou da noite
como todos
os gatos
também sou pardo
mio
me arrasto
não me vêem
também não vejo ninguém
8 de ago. de 2011
EU SOU
eu sou
o rascunho
inacabado
a fé
que não
se tem
eu sou
o mal
e o bem também
não sou deus
não sou ninguém
sou ferida
sou o amor
machucado
a poesia
que nunca
que foi escrita
a canção
sem verso
sem rima
eu sou
o escuro
a tempestade
o dia de chuva
flor que não desabrocha
semente
que não germina
sou o vento
a ventania
árvore
sem raiz
mar
sem sal
cor
sem cor
brinquedo quebrado
o pecado
sem perdão
a sombra
a escuridão
o rascunho
inacabado
a fé
que não
se tem
eu sou
o mal
e o bem também
não sou deus
não sou ninguém
sou ferida
sou o amor
machucado
a poesia
que nunca
que foi escrita
a canção
sem verso
sem rima
eu sou
o escuro
a tempestade
o dia de chuva
flor que não desabrocha
semente
que não germina
sou o vento
a ventania
árvore
sem raiz
mar
sem sal
cor
sem cor
brinquedo quebrado
o pecado
sem perdão
a sombra
a escuridão
DE VOCÊ
de você
as mentiras
as verdades
escarradas
de você
tuas indescências
de você
tua inconsciência
teus medos
de você
o nojo
a repulsa
o meu pior
os livros rasgados
as poesias
apagadas
as palavras
ainda ecoando
num vazio
sem fim
de você
a piedade
o perdão
o ressentimento
o não
e o sim
o talvez
de você
a distância
e o caminho sem volta
o adeus
e o até nunca mais
as mentiras
as verdades
escarradas
de você
tuas indescências
de você
tua inconsciência
teus medos
de você
o nojo
a repulsa
o meu pior
os livros rasgados
as poesias
apagadas
as palavras
ainda ecoando
num vazio
sem fim
de você
a piedade
o perdão
o ressentimento
o não
e o sim
o talvez
de você
a distância
e o caminho sem volta
o adeus
e o até nunca mais
AMO TUA BELEZA
MURO DAS LAMENTAÇÕES
eu não fico
chorando
resmungando
falando
do que sinto
falando
dos meus problemas
quem se importa
eu não
fico
enchendo
o ouvido
do mundo
com minhas histórias
que culpa
tem
o mundo
do destino
que escolhi
que culpa
tem as pessoas
das merdas
que faço
cada um que cuide
do que é seu
sem ficar procurando
ombros
alheios
sem ficar
tirando a paz
problemas
já bastam
os meus
dor já basta a minha
chorando
resmungando
falando
do que sinto
falando
dos meus problemas
quem se importa
eu não
fico
enchendo
o ouvido
do mundo
com minhas histórias
que culpa
tem
o mundo
do destino
que escolhi
que culpa
tem as pessoas
das merdas
que faço
cada um que cuide
do que é seu
sem ficar procurando
ombros
alheios
sem ficar
tirando a paz
problemas
já bastam
os meus
dor já basta a minha
DOR ALGUMA
já levei
tanta porrada
desta vida
que já não dói
em mim
dor alguma
fiquei
passado
diria eu
acostumado
cada dia
uma surpresa
um buraco
um lamento
sempre
me procuram
para falar
da vida
que não me interessa
sempre
desabafam
em meus ombros
amarguras
que não são minhas
e ninguém quer
saber
qual dor
carrego
como me sinto
já levei
tanta porrada
que fizeram de mim
saco de pancada
tanta porrada
desta vida
que já não dói
em mim
dor alguma
fiquei
passado
diria eu
acostumado
cada dia
uma surpresa
um buraco
um lamento
sempre
me procuram
para falar
da vida
que não me interessa
sempre
desabafam
em meus ombros
amarguras
que não são minhas
e ninguém quer
saber
qual dor
carrego
como me sinto
já levei
tanta porrada
que fizeram de mim
saco de pancada
7 de ago. de 2011
O MEU INSTANTE
fostes
o meu
instante
de felicidade
o meu momento
de uma
infima
alegria
fostes
minha rendenção
minha cura
e meu
pecado
sem perdão
fostes
meu céu
e meu inferno
meu deus
e meu demônio
minha sorte
e meu azar
fostes
o meu instante
mais sagrado
meu silêncio
minha paz
e minha volta
fostes
meu pássaro
meu porto
e o aquela
que me fez
partir
de vez para longe
de tudo
o meu
instante
de felicidade
o meu momento
de uma
infima
alegria
fostes
minha rendenção
minha cura
e meu
pecado
sem perdão
fostes
meu céu
e meu inferno
meu deus
e meu demônio
minha sorte
e meu azar
fostes
o meu instante
mais sagrado
meu silêncio
minha paz
e minha volta
fostes
meu pássaro
meu porto
e o aquela
que me fez
partir
de vez para longe
de tudo
AINDA ERA MUITO
ainda era
muito
muito tudo
de um pouco
de nós
ainda
eram
as migalhas
e todo
indescência
ainda
eram os gritos
e as palavras
perdidas
ainda
era muito
o que
estava
intalado
na garganta
e os dias
com o mesmo
céu
de sempre
e as mesmas
nuvens
e a mesma
incoerência
ainda era
muito
o que restava
de nós
e nada
do que era
pra ser dito
se calou
e tudo
em nós morreu
muito
muito tudo
de um pouco
de nós
ainda
eram
as migalhas
e todo
indescência
ainda
eram os gritos
e as palavras
perdidas
ainda
era muito
o que
estava
intalado
na garganta
e os dias
com o mesmo
céu
de sempre
e as mesmas
nuvens
e a mesma
incoerência
ainda era
muito
o que restava
de nós
e nada
do que era
pra ser dito
se calou
e tudo
em nós morreu
O TEU CHEIRO
o teu cheiro
aos poucos
vai saindo
de mim
teu rosto
ao poucos
vai se apagando
da minha memória
tuas palavras
aos poucos
vão secando
e tudo
que era
teu vai morrendo
não tenho
dó
de ver morrer
morrer
algo
que me fez
mal
o teu cheiro
vai evaporando
buscando
um novo
céu
que não o meu
aos poucos
vou esquecendo
de tudo
o que houve
e tuas mentiras
para sempre
sepultadas
contigo
aos poucos
vai saindo
de mim
teu rosto
ao poucos
vai se apagando
da minha memória
tuas palavras
aos poucos
vão secando
e tudo
que era
teu vai morrendo
não tenho
dó
de ver morrer
morrer
algo
que me fez
mal
o teu cheiro
vai evaporando
buscando
um novo
céu
que não o meu
aos poucos
vou esquecendo
de tudo
o que houve
e tuas mentiras
para sempre
sepultadas
contigo
NA MINHA BOCA
GOSTO AMARGO
é a tua boca
boca maldita
que deixa
em minha boca
o gosto
amargo
do veneno
e tuas palavras
ainda ecoam
e ressoam
é a tua boca
e tua pele
palida
é teu decote
indescente
e a tua idade
é o que pensa
e o que faz
de ti
santa
como a mais
santa
de todas
é a boca
tua maldita
e o gosto amargo
que sinto
é o gosto
do veneno
da tua boca
da tua língua
de serpente
boca maldita
que deixa
em minha boca
o gosto
amargo
do veneno
e tuas palavras
ainda ecoam
e ressoam
é a tua boca
e tua pele
palida
é teu decote
indescente
e a tua idade
é o que pensa
e o que faz
de ti
santa
como a mais
santa
de todas
é a boca
tua maldita
e o gosto amargo
que sinto
é o gosto
do veneno
da tua boca
da tua língua
de serpente
3 de ago. de 2011
SEMPRE
a mulher
é
e sempre
de todas
a mais
perfeita
poesia
às vezes
incompreendida
a mais
profunda
intensa
fantasiada
de sorriso
e quantas
vezes
de dor
a mulher
é
e sempre será
inspiração
para meus versos
para meus poemas
tão sem sentido
a mulher
será
sempre
vestida
da noite
e das madrugadas
frias
e quentes
em teu corpo
a mulher
sempre
será primavera
tera
sempre
estampado
o sorriso
a mulher
sera
sempre a menina
moleca
cheia
de manhas
e artimanhas
aquela
que pede colo
e aconchega
a mulher
será sempre
a paz
e o desespero
o ceú
e o mais
doce de todos
os infernos
é
e sempre
de todas
a mais
perfeita
poesia
às vezes
incompreendida
a mais
profunda
intensa
fantasiada
de sorriso
e quantas
vezes
de dor
a mulher
é
e sempre será
inspiração
para meus versos
para meus poemas
tão sem sentido
a mulher
será
sempre
vestida
da noite
e das madrugadas
frias
e quentes
em teu corpo
a mulher
sempre
será primavera
tera
sempre
estampado
o sorriso
a mulher
sera
sempre a menina
moleca
cheia
de manhas
e artimanhas
aquela
que pede colo
e aconchega
a mulher
será sempre
a paz
e o desespero
o ceú
e o mais
doce de todos
os infernos
TUDO UM DIA MORRE
tudo um dia morre
desejos
flores
pessoas
gente
como eu
livros
poesias
rascunhos
paredes pixadas
dor
felicidade
instantes
saudades
tudo um dia morre
felicidade
alegria
solidão
incompreensão
destino
leis
regras
contravenção
fé
apego
desapego
sossego
paz
tudo morre um dia
velhos
crianças
meninas
pássaros
plantas
árvores
cancêr
ódio
raiva
rancor
tudo morre um dia
e some
para que tudo
um dia
nasça
de novo
melhor
ou pior ainda
desejos
flores
pessoas
gente
como eu
livros
poesias
rascunhos
paredes pixadas
dor
felicidade
instantes
saudades
tudo um dia morre
felicidade
alegria
solidão
incompreensão
destino
leis
regras
contravenção
fé
apego
desapego
sossego
paz
tudo morre um dia
velhos
crianças
meninas
pássaros
plantas
árvores
cancêr
ódio
raiva
rancor
tudo morre um dia
e some
para que tudo
um dia
nasça
de novo
melhor
ou pior ainda
VOU DIZER
não vou te dizer
bom dia
vou dizer
tudo
aquilo
que você
não quer ouvir
vou
falar
as verdade que insiste
em negar
não vou
dizer
que te amo
vou dizer
que nunca te amei
te usei
para buscar
minha desgraça
te usei
para conhecer
o pior
de mim
não vou dizer
nada
não há nada
que mereça
ouvir
não vou dizer
teu nome
não sou digno
não vou
voltar
atrás
como sempre fiz
vou dizer
que foi
de tudo o que eu vivi
o maior
de todos os erros
meu pior
desastre
o pior pesadelo
bom dia
vou dizer
tudo
aquilo
que você
não quer ouvir
vou
falar
as verdade que insiste
em negar
não vou
dizer
que te amo
vou dizer
que nunca te amei
te usei
para buscar
minha desgraça
te usei
para conhecer
o pior
de mim
não vou dizer
nada
não há nada
que mereça
ouvir
não vou dizer
teu nome
não sou digno
não vou
voltar
atrás
como sempre fiz
vou dizer
que foi
de tudo o que eu vivi
o maior
de todos os erros
meu pior
desastre
o pior pesadelo
RESISTO
resisto
teu nome
teu amor
teu corpo
resisto
ainda
a dor
ao amor
a tudo
resisto
ao destino
e brigo
e calo
e xingo
resisto
não desisto
não me calo
deixo
a voz
ecoar
resisto
a minha intolerância
e a minha vontade
de mudar
o mundo
resisto
a tudo o que me agride
a tudo
o que me incomoda
e vou
pelo mesmo
caminho de sempre
resisto
as mudanças
escolhi
meu destino
nenhum outro me cabe
teu nome
teu amor
teu corpo
resisto
ainda
a dor
ao amor
a tudo
resisto
ao destino
e brigo
e calo
e xingo
resisto
não desisto
não me calo
deixo
a voz
ecoar
resisto
a minha intolerância
e a minha vontade
de mudar
o mundo
resisto
a tudo o que me agride
a tudo
o que me incomoda
e vou
pelo mesmo
caminho de sempre
resisto
as mudanças
escolhi
meu destino
nenhum outro me cabe
FICO
fico envolto
no meu mais
profundo
silêncio
fico
olhando
o nada
por horas
sem pensar
em nada
fico
mergulhado
no abismo
caindo
voando
para fora
de mim
fico
às vezes
no êxtase
anestesiado
fico
morto
cheio
de tantas feridas
fico
olhando
depois
do amor
teu corpo
pendurado
na janela
fico
depois de tudo
tentando
entender
porque te amo
tanto
assim
além de mim
além de tudo
no meu mais
profundo
silêncio
fico
olhando
o nada
por horas
sem pensar
em nada
fico
mergulhado
no abismo
caindo
voando
para fora
de mim
fico
às vezes
no êxtase
anestesiado
fico
morto
cheio
de tantas feridas
fico
olhando
depois
do amor
teu corpo
pendurado
na janela
fico
depois de tudo
tentando
entender
porque te amo
tanto
assim
além de mim
além de tudo
POR QUE
porque
eu ainda
eu sinto
porque
ainda
não esqueci
o gosto
amargo
do veneno
corroendo
minhas entranhas
porque
ainda
não morri
porque
sou o mesmo
que não se dobra
diante
a indifernça
que mesmo
atingido
não desisti
da guerra
que mesmo
ferido
não se entrega
por que
ainda
que haja dor
por que
ainda
que haja
essa droga
chamada saudade
resisto
e não volto
e não chamo mais
eu ainda
eu sinto
porque
ainda
não esqueci
o gosto
amargo
do veneno
corroendo
minhas entranhas
porque
ainda
não morri
porque
sou o mesmo
que não se dobra
diante
a indifernça
que mesmo
atingido
não desisti
da guerra
que mesmo
ferido
não se entrega
por que
ainda
que haja dor
por que
ainda
que haja
essa droga
chamada saudade
resisto
e não volto
e não chamo mais
EU ATÉ
eu até
poderia
voltar
a sorrir
se não houvesse
os dias
passados
se não houvesse
histórias
mal contadas
se não
houvesse
um eu esquecido
eu até
poderia
voltar
se o caminho
não fosse
o mesmo
e se as pedras
ainda
não estivessem lá
eu até
poderia
tentar
ser diferente
do que sou
e matar
minha natureza
eu até
poderia
fingir
sentimentos
mas não sou
tão louco assim
ainda
eu até
poderia
mas não quero
deixar
de ser quem sou
por você
poderia
voltar
a sorrir
se não houvesse
os dias
passados
se não houvesse
histórias
mal contadas
se não
houvesse
um eu esquecido
eu até
poderia
voltar
se o caminho
não fosse
o mesmo
e se as pedras
ainda
não estivessem lá
eu até
poderia
tentar
ser diferente
do que sou
e matar
minha natureza
eu até
poderia
fingir
sentimentos
mas não sou
tão louco assim
ainda
eu até
poderia
mas não quero
deixar
de ser quem sou
por você
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