10 de jul. de 2008

NÃO HÁ LUGAR

não há lugar
neste mundo
que me faça esquecer
do que vivi
com você
já fui ao céu
e ao inferno
agora
quero ficar
no meio
aqui na terra
pés fincados no chão
não há lugar
que me arranque
da saudade
das lembranças
vivas ainda
eternas
conheci Deus
e o demônio
conheci o amor
e o desamor
também
não há lugar
que me tire de você
nem aqui
nem no céu
nem no inferno de mim

Um comentário:

  1. Intensa!
    Esse paradoxo entre céu e inferno, anjo e demônio... profundamente poético.
    Linda!

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