fui eu
que me deixei
levar
que me deixei guiar
fui eu
que entreguei
as chaves
das portas fechadas
que abracei
teu corpo
de madrugada
fui eu
que inventei
te amar
e fingi
para mim mesmo
fui eu
que alimentei
a esperança
fui eu
que deixei a torneira
do tempo aberta
fui eu
que insisti
acreditar
em tudo
o que dizias
na verdade
eu sabia
das mentiras que carregavas
em teu eu
fui eu
o culpado
pelas indecências
pelas falsas crenças
fui eu
réu confesso
que matei o amor
para o amor não me matar
fui eu
Ato culposo.
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