30 de mar. de 2009

VOZES INTERIORES*

as vozes
todas as vozes
andam mudas
as vozes interiores
não arriscam
dizer mais nada
estão caladas
trancafiadas
em labirintos
sem ecos
as vozes
que faziam pensar
querer
não ecoam mais
deixam
tudo por si só
as vozes
ficaram roucas
não falam mais
não sopram mais
à sorte
deixam o destino
agir por si só
sem interferência
as vozes interiores
ficaram guardadas
dentro da alma
amordaçadas
roucas
agora
para sempre caladas

Um comentário:

  1. Eduardo, fiquei encantada com seus poemas...
    Esta poesia é muito especial, relembra partes da minha vida....
    Parabéns pelo talento e brilhante trabalho.
    Beijo

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