5 de out. de 2009

INCOMPREENDIDO

incompreendido
acusado
largado
jogado de novo
no canto
recanto
sem lápis
sem canetas
somente loucuras
e todas
e mais
e cada vez mais
que o dia passa
que o dia morre
e a tarde
vem de novo
vestida
com os mesmo véus
das noites
incompreendido
sem saber
mais
o que pensar
e nem o que dizer
esquecido
dentro de mim
diante de um espelho
sem imagens
diante
de um abismos
como todos os outros antigos
que já mergulhei e sai
assim
como o silêncio
incompreendido
de uma razão
que não mais se escuta
jogado no canto
recanto
de mim

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