Olho
Sem olhar
Sem ver nada
Respiro
E nem sinto
A ar
Tomar
Conta do meu corpo
Entra o dia
As tardes
E a noite
E nada mais é
Nada mais
Tem aquele prazer
Olho
Sem ver
Que me olham
Também
Faz tempo que não
Vejo ninguém
Faz tempo
Que os dias
As tardes e as noites
São elos quebrados
De uma mesma corrente
Chamada vida
Olho
Não vejo nada
Respiro
Não sinto nada
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