7 de dez. de 2009

NÃO ME CENSURE

não me censure
deixe-me
pensar
deixe-me
viver
tenho sede de tudo
não me censure
deixe-me
dizer o que penso
deixe-me escrever
o que sinto
deixe-me
andar pelas
noites
como sempre andei
deixe-me
sonhar
os sonhos que me fazem bem
não me censure
não posso ter medo
não posso viver cercado
de incertezas
deixe-me
nas minhas tardes
sem sol
sol demais me sufoca
sol demais
me faz suar
deixe-me
ser feliz
do jeito que sei
não me censure
deixe-me ser
quem eu sou
deixe-me voar
mesmo que sem asas
mesmo que caia
mesmo que morra

Um comentário:

  1. Eu, particularmente, acho que neste mundo não existe ninguém imaculado, a ponto de ter o direito, ou mesmo, condições de censurar alguém.

    Belo poema. Muito profundo!

    Perdoe-me pelas baboseiras. É que estava passando, avistei teu espaço, invadi, gostei e não resisti.

    Abraços,

    Furtado.

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