6 de mai. de 2010

VI

não dói
em mais
nenhuma dor
já tomei
tanta porrada
que meu corpo
se acostumou
aos espinhos
as farpas
aos golpes mortais
do meu destino
não dói
em mim
mais nada
nenhuma dor
de amor
nenhuma dor
de saudades
não dói
em mim
a falta de um sorriso
nem de um abraço
já tomei tanta
porrada
que meu corpo
já não sente mais
os olhares soltos
no vento
já não sinto mais
os fracassos
do tempo passado
nenhum dor
nenhuma angustia

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