6 de mai. de 2010

VIII

eu
me calo
diante
do que sinto
e não luto
para manter
vivo
o que sinto
é tudo
comum
é tudo
soma de resultados
busca
tato
compreensão
dos sentidos
eu me calo
não grito
espero
não corro
nem morro
pelo que sinto
nem por qualquer
sentimento
que não me valha
à pena
espero dias
quantos forem precisos
para ter a certeza
que no fundo
de mim
já tenho
mundos diferentes
realidades distantes
talvez quem sabe
o mesmo desejo
somente
o mesmo desejo

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