14 de jun. de 2010

TEMPESTADES INTERIORES

não posso
me calar
as tempestades
interiores
gritam
a revolta
a tormenta
a fúria
que não esqueço
não posso
esquecer
o que vivi
cada tijolo dessa
minha parede
invísivel
sei quem sou
sei
o que carrego
em meu coração
do que gosto
e do que aceito
por conveniência
não posso
fazer de conta que
nada existe
fazer de conta
que nada existiu
há tempestades interiores
gritando
em meus ouvidos
todos meus horrores

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