8 de jul. de 2010

LONGOS SILÊNCIOS

há momentos
que prefiro
os longos
silêncios
das tardes
sem sol
onde a gároa
molha
devagar
os sonhos
há momentos
que prefiro
a solidão
das manhãs
sem sol
das manhãs
sem lembranças
há momentos
que escuto
nos longos silêncios
as vozes
soprando
o vento
da consciência
como se houvesse
em mim
sementes de insanidade
como
se em mim
toda loucura
fosse
normal
há momentos
que prefiro
escutar
o sopro da morte
do que
mergulhar
nos desejos proibidos
e nos sonhos
que não se realizam

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